Especialista destaca desafios como falta de educação financeira, o limitado ao crédito, carência de networking, sobrecarga doméstica e perfeccionismo que dificultam o empreendedorismo feminino no Brasil e sugere estratégias para superá-los.
Empreender é um sonho para muitas mulheres, mas ainda há uma série de desafios que limitam esse caminho. Hoje elas representam 34% do total de empreendedores no Brasil, segundo dados recentes do Sebrae, mas ainda enfrentam barreiras que vão além das dificuldades financeiras. A escritora e especialista em liderança feminina Thaís Roque aponta cinco fatores que continuam impedindo muitas de darem esse importante o e traz orientações sobre como virar o jogo ainda este ano: v6q2r
Educação financeira, a base para decisões corretas 1n2p3d
Uma das principais barreiras para as empreendedoras é a falta de educação financeira. Segundo o Instituto Locomotiva, mais de 70% das mulheres no Brasil não se sentem seguras para lidar com as próprias finanças. “Sem essa confiança, muitas hesitam em empreender, com medo de não conseguirem gerir um negócio próprio”, explica Thaís.
Ela ressalta que a educação financeira não é apenas sobre saber economizar, mas sobre entender como usar o dinheiro para crescer. “É preciso aprender o básico sobre finanças para transformar recursos em oportunidades, mas muitas mulheres não sabem por onde começar. Existem mentorias, ótimos cursos online e até iniciativas governamentais”.
Baixo o ao crédito 4x6j3j
O o ao crédito é outro grande desafio. De acordo com uma pesquisa da Rede Mulher Empreendedora, 42% das empreendedoras brasileiras que solicitaram crédito tiveram seus pedidos negados em 2023. “Sem o a capital, muitas mulheres acabam limitadas a negócios de menor porte e com menor potencial de crescimento”, comenta Thaís.
Ela sugere que, além de buscar informações sobre linhas de crédito específicas para o público feminino, é importante que as empreendedoras se preparem para apresentar seus negócios de forma mais estratégica para bancos e investidores.
Carência de networking w5231
Empreender não é apenas oferecer um produto ou serviço, mas também construir conexões sólidas. Porém, muitas mulheres ainda têm dificuldade em se inserir em redes de networking, especialmente em setores tradicionalmente dominados por homens. “É preciso se sentir confortável em ocupar esses espaços e entender que conexões estratégicas são fundamentais para o crescimento de suas empresas”.
Ela recomenda que as empreendedoras busquem comunidades e grupos de apoio para colaboração e aprendizado mútuo. “Lido diariamente com muitas líderes e sei que existe uma solidão na vida da mulher que empreende. Mas se temos com quem conversar e trocar experiências, a jornada se torna mais leve”, reforça Thaís.
Ausência de rede de apoio 6m672z
Para muitas mulheres, a sobrecarga das responsabilidades domésticas e familiares é uma barreira significativa ao empreendedorismo. Dados do IBGE revelam que, em média, elas dedicam cerca de 21,3 horas semanais a essas tarefas, enquanto os homens investem apenas 11,7 horas. "Essa falta de rede de apoio pode ser extremamente limitante, principalmente no início do negócio", observa Thaís.
Segundo a especialista, é preciso normalizar a divisão de responsabilidades e fortalecer redes de e para impulsionar o empreendedorismo feminino. "É claro que, sozinhas e em curto prazo, não conseguiremos transformar essa estrutura desigual. Trata-se de um problema histórico e complexo. Mas o que podemos fazer de imediato é mais simples do que parece: definir prioridades, estabelecer divisões e não hesitar em pedir ajuda."
O medo de não estar pronta 1jp5t
O perfeccionismo é outro grande desafio para muitas mulheres que desejam empreender. Muitas sentem que precisam estar completamente preparadas antes de dar o primeiro o, enquanto os homens, em geral, avançam mesmo sem todas as respostas. "É claro que precisamos de algum conhecimento para começar, mas a sensação de estar 100% pronta raramente chega", destaca Thaís.
A construção da autoconfiança vem com a experiência. Empreender é, acima de tudo, um processo contínuo de aprendizado e crescimento. Para superar a síndrome da impostora, é essencial praticar a autoaceitação. "Não se trata de abaixar o nível, mas de ajustar as expectativas para algo mais realista. Você não precisa ser perfeita para compartilhar algo significativo com o mundo ou para ser digna do próprio negócio", reforça Thaís.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Como, agência de conteúdo e conexão.