José de Abreu volta aos palcos como professor obeso e critica a direita: “Meu hater não vai ao teatro” qr3w

Ator de 79 anos protagoniza a peça 'A Baleia', que estreou na quinta-feira, 6, no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro a1y3j

6 jun 2025 - 16h28
(atualizado às 16h29)
Resumo
José de Abreu estreia a peça "A Baleia" no Rio, abordando temas como homofobia e gordofobia, critica a direita e a ministra da Cultura, e processa Cássia Kis por declarações homofóbicas.
José de Abreu em A Baleia
José de Abreu em A Baleia
Foto: Reprodução/@josedeabreu/Instagram

De volta aos palcos após 12 anos, José de Abreu estreia nesta quinta-feira (6), no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro, a peça A Baleia. Aos 79 anos, o ator interpreta um professor gay com obesidade mórbida em processo de autodestruição. Em entrevista para a Folha de S.Paulo, o ator revelou não temer reações do público no teatro. 6r5v3g

“Meu hater não vai ao teatro. Ali, é como um peixe fora d'água”, provocou. “Muita gente diz: ‘Adoro como ator, mas como político é uma merda!’ A maioria respeita minha profissão, mesmo se não respeita a minha posição política", disparou. 

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Abreu também criticou a postura da direita em relação à arte. “A direita não gosta de arte, porque incomoda muito, né? A primeira coisa que se faz em uma ditadura é a censura.”

Para viver o personagem, Abreu usa enchimentos, maquiagem e um traje climatizado, contendo quatro quilos de gelo. “Confortável não é. Só de gelo, aqui tem quatro quilos”, contou. “Vestir esse corpo me joga no personagem. Mas sem dúvida foi um trabalho maior de mergulho no interior dele. Porque o exterior é só uma casca, né?”

A montagem brasileira, que também traz Luísa Thiré e Alice Borges no elenco, contou com a presença do autor do texto na estreia. “É a primeira vez que uma produção internacional me convida para assistir, e olha que já montaram em uma dúzia de línguas diferentes”, afirmou Samuel D. Hunter, destacando que a versão brasileira preserva trechos cômicos que não apareceram no longa. O espetáculo, dirigido por Luís Artur Nunes, é uma adaptação do texto de Samuel D. Hunter, que inspirou o filme homônimo, vencedor do Oscar em 2022.

Abreu não evita temas políticos. Ao comentar que A Baleia usou recursos da Lei Rouanet, o ator disparou: “É um direito de todo artista: é uma lei, está lá para ser usado. Já fui chamado de ladrão da Rouanet milhares de vezes, mas nunca escreveram nem sequer o nome certo”, ironizou.

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Fonte: Redação Terra
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