As novas buscas iniciadas no sul de Portugal para encontrar algum vestígio sobre a britânica Madeleine McCann, desaparecida aos três anos de idade em 2007, em um resort na região do Algarve, foram concluídas nesta quinta-feira (5), em seu terceiro dia, em meio ao ceticismo que prevalece na mídia local. 5e1d3c
A operação foi realizada antes do alemão Christian Brueckner, um prisioneiro de longa data e principal suspeito do caso, ser libertado da prisão na Alemanha, onde está prestes a cumprir toda a sua pena de sete anos pelo estupro de uma turista americana idosa, também na Praia da Luz.
A polícia local, juntamente com agentes alemães, vasculhou uma área rural de quase 50 hectares perto de Lagos, no Algarve, não muito longe de onde a família McCann se hospedou há 18 anos e, sobretudo, onde Brueckner morava.
Segundo um correspondente da Sky News, as buscas, iniciadas a pedido dos investigadores de Braunschweig, que acreditam que o maníaco sexual alemão é responsável pela morte de Maddie, mas não têm provas para acusá-lo, seriam encerradas hoje, um dia antes, se nada que levasse à menina fosse encontrado.
A tentativa, considerada por muitos como desesperada, era localizar restos mortais ou algum objeto que tenha pertencido à Maddie. No entanto, as autoridades vasculharam áreas que já foram amplamente revistadas no ado: a última vez foi em 2023.
Em entrevista ao Daily Telegraph, Ruth Maclean, vizinha de Brueckner no Algarve, disse que as buscas são completamente inúteis. "É um monte de lixo, estamos todos tão exaustos", disse ela, referindo-se à polícia ocupada vasculhando ruínas imersas na vegetação mediterrânea.
Hoje, o ex-inspetor Gonçalo Amaral, que conduziu as primeiras investigações do caso e venceu uma ação por difamação movida pelos pais da menina, acusados por ele de terem participado do desaparecimento de Maddie, voltou a falar com a imprensa portuguesa. Na sua opinião, a área de busca é demasiado extensa e tudo acabará, mais uma vez, sem resultados.