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Quem é Laíla, homenageado no enredo da campeã Beija-Flor 5h84i

Samba-enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de todos os sambas” celebrou a trajetória de carnavalesco k3g51

5 mar 2025 - 18h30
(atualizado às 19h40)
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Ao centro da foto está Laíla, carnavalesco homenageado pela campeã Beija-Flor
Ao centro da foto está Laíla, carnavalesco homenageado pela campeã Beija-Flor
Foto: Divulgação

A Beija-Flor de Nilópolis conquistou seu 15º título no carnaval do Rio em 2025. Desse total, 12 vitórias contaram com a ajuda de Luiz Fernando Ribeiro do Carmo, o Laíla, que foi homenageado no enredo deste ano da escola de samba.  5y1f43

Laíla foi um ex-diretor da escola de samba, que morreu em 2021, e acumulou mais de 50 anos de dedicação ao carnaval, sendo cerca de 30 deles dedicados à Beija-Flor de Nilópolis.

O samba-enredo “Laíla de Todos os Santos, Laíla de todos os sambas” celebrou a trajetória do mestre na Beija-Flor, relembrando sua importância para a construção do carnaval e suas contribuições para outras escolas, como Salgueiro, Grande Rio, União da Ilha, Vila Isabel e Unidos da Tijuca.

O carnavalesco, reconhecido por sua criatividade e personalidade marcante, iniciou sua carreira no Salgueiro, na década de 1970, época em que nomes como Joãosinho Trinta, Rosa Magalhães, Maria Augusta, Lícia Lacerda e Arlindo Rodrigues começavam a se destacar no cenário carnavalesco carioca.

Ele atuou como diretor de Carnaval da Beija-Flor até 2018. Sua última experiência foi na União da Ilha, da qual se desligou após o rebaixamento da escola no desfile de 2020. Esse carnaval foi marcado por conflitos internos e resultou na primeira queda de uma agremiação sob seu comando para o grupo de o. Apesar disso, Laíla segue como o segundo maior campeão da folia carioca, atrás apenas de Joãosinho Trinta, que detém nove títulos.

Laíla teve três agens distintas pela Beija-Flor: entre 1975 e 1980, 1987 e 1992, e, por fim, de 1994 a 2018. Nesse último período, que durou 23 anos, ele consolidou seu legado, conquistando oito vitórias para a Deusa da arela enquanto comandava a comissão de carnaval.

A homenagem feita pela Beija-Flor esse ano ressaltou a espiritualidade de Laíla, que, como filho de Xangô e Iansã, era católico, umbandista, candomblecista e tinha forte conexão com o povo cigano e os pretos velhos. Além disso, o desfile relembrou suas produções musicais, destacando os álbuns de samba-enredo que ele contribuiu para criar. 

O desfile também destacou os trabalhos memoráveis de Laíla, como “Ratos e urubus, larguem minha fantasia” de 1989, que consolidou sua parceria com Joãosinho Trinta. A homenagem não se restringiu à sua trajetória na escola, mas também à sua jornada espiritual, incluindo rituais que ele realizava, como o uso do defumador.

Cena deste ano foi inspirada em ideia de Laíla 6w6213

Um dos momentos mais lembrados  da história do carnaval carioca ocorreu em 1989. Após uma batalha judicial entre a Beija-Flor e a arquidiocese, a escultura do Cristo Mendigo, que integrava uma das alegorias do enredo Ratos e Urubus, de Joãosinho Trinta, entrou na Marquês de Sapucaí coberta, acompanhada da frase icônica: "Mesmo proibido olhai por nós". A ideia foi concebida pelo então diretor Laíla, que recebeu homenagem neste ano da escola de Nilópolis — a qual levou à avenida um novo Cristo Mendigo em seu desfile.

Essa nova versão da escultura da Beija-Flor, criada pelo carnavalesco João Vitor, preserva os sacos pretos que cobriam o rosto do Cristo, mas traz uma nova mensagem: "Do Orun (céu) olhai por nós" — um apelo da comunidade para que os grandes nomes do carnaval protejam a escola.

Fonte: Redação Terra
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