Rick Derringer, guitarrista por trás de 'Rock and Roll, Hoochie Koo', morre aos 77 anos 4o1638

Rick Derringer, guitarrista e compositor que emplacou sucessos como "Rock and Roll, Hoochie Koo" e uma versão de "Hang on Sloopy", e que trabalhou com nomes como Steely Dan e "Weird Al" Yankovic, morreu na última segunda-feira, 26, aos 77 anos. d234o

A morte de Derringer foi confirmada por seu amigo Tony Wilson no Facebook. 

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Ele escreveu:

"O legado de Derringer vai além da música, encantando os fãs com sua energia e talento característicos. Sua partida deixa um vazio no mundo da música, e ele será profundamente sentido por fãs, colegas e entes queridos."

A causa da morte não foi divulgada, embora uma página oficial no Facebook do músico e de sua esposa tenha relatado diversos problemas de saúde nos últimos meses, incluindo uma cirurgia de by no tornozelo (que cria um novo caminho para o sangue contornar uma artéria bloqueada).

Yankovic, com quem Derringer trabalhou intensamente nos anos 1980, escreveu no Instagram: 

"Estou muito triste em dizer que meu amigo, a lenda da guitarra Rick Derringer, faleceu. Rick produziu meus primeiros seis álbuns e tocou guitarra nas minhas primeiras gravações, incluindo o solo de 'Eat It' . Ele teve um impacto enorme na minha vida e fará muita falta."

Derringer foi um verdadeiro veterano do rock and roll, lançando inúmeros projetos solo e colaborando com uma vasta gama de artistas ao longo de sua carreira de seis décadas. Trabalhou extensivamente com Johnny e Edgar Winter, e tem créditos em álbuns de Barbra Streisand, Todd Rundgren, Alice Cooper, Meat Loaf, Kiss, Bonnie Tyler e Cyndi Lauper.

Sobre Rick Derringer 7319f

Nascido em 5 de agosto de 1947, Rick Derringer ou a maior parte da infância em Ohio, antes de se mudar para Union City, Indiana, logo após a divisa do estado. Lá, ele entrou para sua primeira banda, The McCoys, e ainda adolescente alcançou o topo das paradas com um sucesso pop de garagem "Hang on Sloopy".

Embora a música tenha permanecido apenas uma semana em primeiro lugar, tornou-se um hino em Ohio, sendo adotada como a canção oficial do rock do estado e tocada em jogos dos Cleveland Guardians, Browns e Cavaliers. A banda marcial da Universidade Estadual de Ohio (Ohio State University) toca a música regularmente em partidas de futebol americano desde 1965.

Derringer continuou com os McCoys até o final dos anos 1960, quando o grupo acabou se unindo a Johnny Winter. Após o fim da banda, Derringer seguiu colaborando com Johnny e seu irmão, Edgar Winter, em diversos projetos, tanto em conjunto quanto separadamente. Ele produziu dois clássicos de Edgar Winter: "Frankenstein" e "Free Ride".

Em 1973, Derringer lançou seu álbum solo de estreia, All American Boy, que trouxe seu maior sucesso solo, "Rock and Roll, Hoochie Koo". A música entrou para as paradas e se tornou um clássico do rock, presença constante nas rádios até hoje.

Derringer havia composto e gravado "Rock and Roll, Hoochie Koo" alguns anos antes, quando ele e os McCoys ainda tocavam com Johnny Winter. Em entrevista à revista Guitar Player no ano ado, o artista contou:

 "A primeira coisa que fiz foi garantir que a música fosse mais comercial, mais voltada para o rock. Escrevi 'Rock and Roll, Hoochie Koo' — o 'rock' era eu e o 'hoochie koo' era o Johnny. Ele era o líder da banda, então fizemos do jeito dele."

Sobre sua versão mais distinta, ele acrescentou: 

"A que fiz com o Johnny era mais fiel ao estilo dele. Quando gravei minha própria versão, foi a oportunidade de tocar e criar como eu achava que a música podia ser. E fui com tudo."

Durante os anos 1970 e 1980, Rick Derringer continuou lançando álbuns tanto com seu nome quanto com o grupo Derringer. Como músico de estúdio, participou de faixas clássicas do Steely Dan ("Show Biz Kids", "Chain Lightning" e "My Rival") e colaborou no álbum solo de Donald Fagen de 1982, The Nightfly. Também tocou com Cyndi Lauper em dois de seus álbuns solo, True Colors (1986) e A Night to (1989), além de integrar sua banda de turnê.

Derringer trabalhou com frequência em projetos liderados pelo renomado compositor e produtor Jim Steinman, incluindo sucessos como "Making Love Out of Nothing at All", do Air Supply; "Total Eclipse of the Heart", de Bonnie Tyler; e "Left in the Dark", de Barbra Streisand.

Derringer e Steinman também comandaram o álbum da trilha sonora da World Wrestling Federation (WWF) em 1985, The Wrestling Album, com Derringer compondo e interpretando a icônica música-tema de Hulk Hogan, "Real American". Ele também foi o responsável pela produção do álbum sequência de 1987, Piledriver: The Wrestling Album II.

Ao longo dos anos 1980, o artista com quem Rick Derringer mais trabalhou de perto foi "Weird Al" Yankovic. O guitarrista produziu os seis primeiros e altamente bem-sucedidos álbuns de estúdio de Yankovic, e venceu seu primeiro (e único) Grammy com "Eat It", a clássica paródia para "Beat It", de Michael Jackson.

Na entrevista à Guitar Player, Derringer revelou ter sentimentos ambíguos em relação a esse período com Yankovic. No começo, contou ele, muitas pessoas achavam estranho que ele tivesse decidido trabalhar com um artista de paródias, mas para Derringer isso era algo natural, já que cresceu em uma família que adorava discos de humor e sátira, como os de Spike Jones. Ele chegou a pensar: "Se conseguirmos fazer sucesso com essas músicas, não teremos concorrência", porque "não havia nada parecido naquela época".

Contudo, ao final da década, Derringer ou a se preocupar com o impacto que essa colaboração teve em sua carreira como produtor. O músico disse:

"Aqui está a verdade: achei que isso ajudaria minha carreira de produtor, mas, de repente, ei a ser conhecido como produtor de paródias. Por mais que eu goste do 'Weird Al' — ele é um cara legal, muito talentoso e trabalhador — ele, sozinho, arruinou minha carreira como produtor."

Apesar disso, Derringer manteve uma produção intensa nos anos 1990 e 2000. ou vários anos em turnê com o Ringo Starr & His All-Starr Band, e também participou da turnê Guitar Circus, de Peter Frampton. Em estúdio, trabalhou com frequência ao lado de sua esposa, Jenda, explorando desde o blues elétrico até a música cristã contemporânea.

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