Cena mais criticada de Odete Roitman em ‘Vale Tudo’ tem mensagem subliminar 4k5u5i
Vilã se difere de outras malvadas queridas das novelas por não matar seus desafetos 692px
As redes sociais se dividiram ao ver Odete Roitman brincando de game com óculos de realidade virtual e simulacro de metralhadora na suíte do hotel, com um de seus amantes. 531p4z
Muitos acharam divertida a cena inusitada que não existiu na ‘Vale Tudo’ original.
Tantos outros reprovaram por considerar que a vilã elitista jamais se interessaria por jogos eletrônicos.
“Certeza que os restos mortais de Gilberto Braga deram uma revirada quando Manuela Dias escreveu ‘prestes a pegar um novinho gamer, Odete Roitman joga uma versão genérica de Halo’”, postou Fábio Garcia no X.
Ainda que questionável, a sequência guarda mensagem subliminar relevante. A começar pelo texto da personagem.
“Esse negócio de matar pessoas virtuais é muito relaxante”, diz, eufórica com a brincadeira.
A maioria dos usuários gosta de jogos violentos por experimentar uma sensação de vitória a cada inimigo eliminado. É a dopamina (o hormônio do prazer) agindo no cérebro.
Não há, necessariamente, uma violência reprimida sendo estimulada pelo game. No caso de Odete, ela não demonstra instinto assassino. Derrota seus adversários com manipulações, não manda matá-los.
Apesar de ser considerada a ‘mãe de todas as vilãs’, ela comete menos maldades do que a maioria de suas discípulas, a exemplo de Nazaré Tedesco (‘Senhora do Destino’) e Carminha (‘Avenida Brasil’), que se tornaram assassinas sem demonstrar remorso.
Ao matar apenas no mundo virtual, Odete reforça sua proximidade moral com as pessoas comuns, que prejudicam os outros sem necessariamente produzir dano físico. A grande vilã, quem diria, possui algum apreço à ética capaz de limitar sua crueldade.
