Jornalistas se demitiram da Globo para mudar de vida: empreender, coaching, dar aula, viajar 3l2z4n
Um emprego diante das câmeras não garante estabilidade profissional tampouco felicidade 1r2x1m
O dramaturgo irlandês Oscar Wilde dizia que o descontentamento é o primeiro o para a evolução de uma pessoa. Ao se ver insatisfeita e agir, ela pode mudar sua vida para melhor. o223r
Esse raciocínio se aplica a alguns jornalistas com carreira na Globo. Após anos diante das câmeras, pediram demissão e foram fazer outra coisa. Mostraram-se corajosos em largar um emprego cobiçado.
Em abril, Raquel Honorato deixou a emissora em Brasília, onde cobria o dia a dia da política, para embarcar rumo a uma temporada de estudos na Europa. Deu-se de presente uma pausa depois de 14 anos na reportagem.
Na Globo Minas por 17 anos, Gabriel Sena encerrou a jornada no telejornalismo para se dedicar a uma marca de brownie. Empreender na confeitaria virou um grande negócio.
Conhecido pelas matérias no ‘Mais Você’ de Ana Maria Braga, Felipe Suhre se demitiu após 10 anos. Disse ter sido “libertador”. Tornou-se mentor de comunicação. Propõe-se a ajudar profissionais a serem mais felizes no trabalho.
Um dos melhores locutores esportivos do país, Milton Leite não quis continuar na Globo e no SporTV, onde atuou por 19 anos. Mudou de São Paulo para uma cidade próxima, mais calma, e ou a aproveitar o tempo livre para viajar com a família.
Rafael Coimbra ou 23 anos na GloboNews como repórter, comentarista e apresentador. Demitiu-se para se dedicar ao mundo da tecnologia. Comanda uma rede de conteúdo, é professor na Fundação Getúlio Vargas e palestrante.
Após se despedir também do canal de notícias da TV paga, onde apareceu diariamente por uma década, Gabriel Prado criou cursos de formação e aperfeiçoamento em comunicação. Na escola The360, ele transmite sua experiência a quem sonha ter uma carreira de repórter.
Esses seis exemplos provam que a realização do sonho de trabalhar na TV não pode ser limitante. Há vida tão ou mais interessante fora das emissoras. Basta ter planejamento e coragem para experimentá-la.
Aliás, não se trata apenas de vontade própria. O mercado para jornalistas apresenta cada vez mais dificuldades. Ter um plano B – como empreender – mostra-se mais do que desejável, quase obrigatório, para não ficar dependente das empresas de mídia.
