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Empresário supera perda de projeto de R$ 1 milhão e, hoje, fatura R$ 15 milhões com Inteligência Artificial 3a482k

Empresa, que nasceu em 2018, chegou a perder contrato milionário de forma inesperada, mas aprendeu como se reestruturar 4w101x

4 jun 2025 - 04h59
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Resumo
Eduardo Zylberstajn fundou a Kognita em 2018, empresa pioneira em IA no Brasil, superando desafios com resiliência, foco em valor real e diversificação, hoje com receita de R$ 15 milhões e atuação em grandes projetos corporativos.
Eduardo Zylberstajn, co-fundador da Kognita, pioneira de IA
Eduardo Zylberstajn, co-fundador da Kognita, pioneira de IA
Foto: Maria Luiza Valeriano/Terra

Eduardo Zylberstajn não se deslumbrou com a promessa imediata da Inteligência Artificial. Enquanto o mundo empresarial corria atrás do hype, ele, engenheiro de produção e economista de formação, com mestrado e doutorado, escolheu caminhar com os pés no chão. E foi justamente esse olhar atento ao valor real por trás da tecnologia, que deu origem à Kognita. 5p511b

Fundada em 2018 com amigos de trajetória acadêmica, a empresa surgiu com uma ambição modesta: resolver problemas reais de grandes empresas por meio de modelagem estatística e ciência de dados aplicada. "A IA é uma modelagem estatística robusta. Nosso diferencial sempre foi entender a dor do cliente antes de tentar inovar", afirma Eduardo.

Mas a rota não foi linear. Um dos momentos mais difíceis veio quando a Kognita perdeu, de forma inesperada, um contrato de R$ 1 milhão, que representaria 40% da receita daquele ano. "Foi um tropeço importante, foi duro. Foi um ano difícil", relembra. A incerteza sobre o futuro se instalou. O que manteve Eduardo firme foi a convicção de que a tecnologia, bem aplicada, ainda era o caminho certo.

Em vez de se desestruturar, a equipe se reorganizou. Foi preciso repensar a área comercial, descentralizar riscos e buscar diversificação na carteira de clientes.

"Ali, a equipe toda precisou ter muita cumplicidade, bastante resiliência e autoconhecimento. Esse projeto não deu certo, mas isso não significa que as coisas vão dar errado."

Essa postura resiliente moldou o estilo de liderança de Eduardo. A Kognita não buscou investidores externos. Cresceu com os próprios os. A receita, hoje, chega a R$ 15 milhões, e o time se aproxima de 40 pessoas espalhadas pelo Brasil e até em outros países.

Um dos grandes marcos dessa caminhada veio com o desenvolvimento do GeoEdge, projeto nascido de uma demanda da Raia Drogasil. A rede precisava prever com precisão o faturamento de uma nova farmácia, em qualquer canto do País. O trabalho, previsto para durar seis meses, levou dois anos. Mas o resultado foi uma plataforma robusta, capaz de cruzar imagens de satélite, dados de celulares e padrões urbanos para estimar com exatidão o desempenho de um ponto comercial.

"A gente chegou ao ponto de considerar até o lado da rotatória onde a loja fica", comenta Eduardo. O sucesso do GeoEdge levou a Kognita a fechar contratos com grandes empresas: Natura, ZAMP, Casas Bahia, Oakberry, Agibank, Ri Happy, entre outras. E, a cada projeto, um novo desafio técnico.

Hoje, além da inteligência geoespacial, a Kognita desenvolve motores de precificação, estratégias de sortimento, análise de concorrência por imagem e modelos para comportamento do consumidor com base em câmeras e sensores. Tudo isso mantendo o mesmo princípio de origem: o valor real.

Para o empresário, existe uma ansiedade das pessoas entenderem a IA. "Acham que os agentes e os robôs vão resolver tudo. Mas têm empresas que não estão fazendo o básico e já estão pensando no que está no hype agora"

Hoje, com a empresa em expansão e projetos diversos em grandes grupos do país, Eduardo aponta que o caminho é a diversificação. "A gente gosta de ser uma empresa generalista. Não nos especializamos em um produto. A gente abre o leque e acaba aprendendo a fazer coisas que lá na frente se envolvem, e o pessoal gosta. Ninguém fica entediado, você tem sempre a possibilidade de mudar de projeto, de fazer e de crescer e acho que no fundo isso que é o mais legal".

Fonte: Redação Terra
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