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Ibovespa tem primeira queda da semana, com influência de Caged e ata do Fed 6d6d1n

28 mai 2025 - 21h00
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Ibovespa
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Foto: Suno

O Ibovespa interrompeu uma série de três ganhos e fechou em queda de 0,47% nesta quarta-feira (28), aos 138.887,81 pontos, com forte influência dos dados do Caged, que mostraram um mercado de trabalho mais resiliente do que o esperado no Brasil. O dia foi negativo também em Nova York, com a divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano) ainda sem projeção para a queda de juros nos Estados Unidos. 5c5c2w

O giro na B3 ficou em R$ 19,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 0,77% e, no mês, avança 2,83%, a duas sessões para o encerramento de maio. No ano, o principal índice da bolsa brasileira acumula ganho de 15,47%.

Destaque da agenda nacional do dia, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril trouxe criação líquida de 257,5 mil postos de trabalho, bem acima do consenso de mercado para o mês. Flávio Serrano, economista-chefe do BMG, explica que essa dinâmica dificulta a desaceleração da atividade econômica, um dos fatores para controlar a inflação.

"O dado de hoje, aliado a outras informações sobre o mercado de trabalho, como taxa de desemprego e rendimento médio real, segue sendo um desafio para o Banco Central na condução da política monetária", explica o economista. Ele projeta que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manterá a Selic em 14,75% ao ano na reunião de junho, marcada para os próximos dias 17 e 18.

Nas projeções para o próximo mês, analistas esperam uma definição sobre o IOF e sua aceitação pelo Congresso, mas veem fatores externos estruturais com influência forte nos negócios, com efeito direto para o fluxo estrangeiro na B3, decisivo até aqui para a progressão acumulada pelo Ibovespa no ano.

"Como a China tem tido dificuldades de manter sua economia girando, demandará menos importações, principalmente de commodities. O minério de ferro tem sofrido na última semana por conta disso. E a execução da política monetária e fiscal nos Estados Unidos também continuará a trazer impactos globais", analisa Jonatas Pires Faura, especialista em alocação de ativos na WIT Invest.

Nesse contexto, a principal ação da carteira Ibovespa, a Vale (VALE3), voltou a fechar em baixa, de 0,80%, com o prosseguimento da correção de preço do minério de ferro. Em Dalian, principal mercado chinês para a commodity, a cotação nesta quarta era de US$ 97,07 por tonelada no contrato mais negociado; em Cingapura, o preço era de US$ 95 por tonelada nas entregas para junho.

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O dia foi de ajuste bem distribuído pelas ações de primeira linha, à exceção de Bradesco (BBDC3, +1,74%, na máxima da sessão no fechamento; BBDC4, +0,69%). Apesar do avanço do petróleo em Londres e Nova York, a Petrobras foi destaque negativo, com fechamentos na mínima do dia para PETR3, -1,24%, e PETR4, -0,32%.

Ao mesmo tempo, outras empresas do setor petroleiro ficaram entre as principais altas do dia, como Brava (BRAV3, +4,28%) e PetroReconcavo (RECV3, +3,40%). No lado oposto, Usiminas a Azul (AZUL4, -3,74%) teve uma das maiores quedas, com a confirmação de que a companhia aérea ingressou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

"O movimento pode ter sido influenciado por um comunicado da Opep, que informou que pretende manter os níveis atuais de produção para 2025 e 2026. Uma decisão sobre um possível aumento de 411 mil barris por dia ficou para uma reunião no dia 31 — que, até o momento, ainda não está confirmada", explica Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.

Bolsas de Nova York têm alta forte após feriado 1r465q

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta, com diversos fatores no radar, entre eles a ata do Fed, considerada "entediante" por não trazer novidades sobre uma possível queda nos juros no país, e os desdobramentos das negociações comerciais entre Estados Unidos e União Europeia.

Confira os fechamentos do dia em Nova York:

  • Dow Jones: 42.098,70 (-0,58%)
  • S&P 500: 5.888,55 (-0,56%)
  • Nasdaq: 19.100,94 (-0,51%)

A incerteza em torno da política comercial do governo Trump, as ameaças às metas de emprego e inflação do Federal Reserve, assim como a dúvida sobre qual lado do duplo mandato do BC americano enfrenta os maiores riscos a médio prazo, incentivam o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) a aguardar com cautela por mais informações, avalia a Pantheon em relatório.

Para a empresa, o documento não trouxe informações sobre quando o comitê de política monetária do Fed terá conhecimento suficiente para tomar uma decisão, o que faz com que a instituição mantenha as opções em aberto. 

Gabriel Cecco, especialista da Valor Investimentos, endossa a visão. "A ata do Fed confirmou a percepção de que os juros nos Estados Unidos devem permanecer altos por mais tempo, não favorecendo o apetite por risco. O investidor está pedindo mais retorno para carregar risco, com a situação fiscal ainda em foco tanto aqui como nos Estados Unidos", conclui o analista.

Com Estadão Conteúdo

Suno
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