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Relatório do governo de SP mostra 'tarifaço' de Trump como ameaça; entenda 2e5q6k

Documento enviado pelo governo de Tarcísio para a Assembleia Legislativa coloca política tarifária de Donald Trump como geradora de 'ambiente de elevada volatilidade e incertezas' 93o5m

12 mai 2025 - 13h34
(atualizado às 14h15)
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Resumo
Relatório do governo de SP aponta o "tarifaço" de Trump como ameaça à economia paulista, mas Tarcísio vê oportunidades para ampliação de mercados e acordos internacionais.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)
Foto: Werther Santana/Estadão / Estadão

Um relatório anexado ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2026 enviado pelo governo paulista para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) reconhece que o "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode ser prejudicial para a economia do Estado. 6t566d

"Externamente, além das incertezas relacionadas à continuidade de conflitos geopolíticos e tensões regionais, o mundo ainda está se reorganizando e na expectativa sobre os efeitos da política de tarifas dos Estados Unidos sob a gestão Trump. A visão atual é de menor atividade global, maior protecionismo e mudanças nos fluxos de mercadorias", diz o relatório.

O mesmo documento, anexado ao PLDO de 234 páginas assinado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ainda destaca que as tensões comerciais globais têm "gerado incertezas no comércio internacional", e que isso pode significar "desafios para a realização de projeções de receitas e despesas do Estado durante esse exercício".

Apesar de reconhecer que o ambiente pode aumentar custos de produção, transporte e, consequentemente, na inflação, o relatório também sustenta que "a conjuntura doméstica ainda indica um PIB nominal elevado".

Em declarações à imprensa, Tarcísio disse no início do mês ado, quando as tarifas foram anunciadas, que a ofensiva de Trump criaria "oportunidades" para a economia de São Paulo.

Segundo o governador, a necessidade de contornar as tarifas resultaria no fortalecimento de novos mercados entre o Brasil e outros países. "Se a gente souber usar isso como oportunidade, vai ganhar muitos mercados. Na Europa, na Ásia, eu vejo que essa questão pode ser um catalisador do Acordo Mercosul-União Europeia. Então, a gente tem toda a oportunidade para tirar proveito dessa situação", afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo.

Em nota enviada ao Estadão, o governo estadual diz que a visão de Tarcísio e o relatório técnico "não são divergentes, e sim complementares". "A conjuntura geopolítica pode impactar na dinâmica econômica, o que é considerado para adoção de estimativas conservadoras na elaboração das peças orçamentárias, considerando as regras fiscais e altos níveis de vinculação do orçamento público no Brasil. Ainda assim, ela pode também ser um catalisador para a ampliação de acordos e negociações com novos mercados", diz a nota.

De boné vermelho com o slogan "Make America Great Again" ("tornar os EUA grande de novo", em tradução livre), o governador paulista comemorou a vitória de Trump nas redes sociais em janeiro, afirmando ser um "grande dia", referência usada frequentemente pelo seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"A eleição que se anunciava dura, acabou sendo relativamente folgada... muitos ensinamentos ficarão", disse Tarcísio em outra publicação nas redes sociais tão logo Trump foi eleito para mais um mandato na Casa Branca. Na ocasião, o governador também disse ser esperado "uma economia mais forte, com menos impostos, uma outra visão acerca da América Latina, uma postura diferente em relação às disputas comerciais".

O presidente americano impôs tarifas punitivas a dezenas de seus parceiros comerciais em 2 de abril, mas rapidamente recuou após o pânico no mercado de títulos. Trump suspendeu a maioria das taxações por 90 dias para os Estados Unidos poderem negociar acordos comerciais com outras nações. Ao Brasil, assim como para todos os países da América Latina, a taxa de tarifas recíprocas foi de 10%.

Estadão
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