Mano critica nova geração de jogadores: "Relação ficou mais superficial" 67402c
O técnico Mano Menezes, atualmente no comando do Grêmio, abordou de forma crítica as transformações comportamentais observadas nas novas gerações de jogadores. Conforme o treinador, a presença cada vez maior das tecnologias, sobretudo das redes sociais e do uso constante de celulares no ambiente do futebol, tem causado um distanciamento dos atletas em relação ao […] 382j2f
O técnico Mano Menezes, atualmente no comando do Grêmio, abordou de forma crítica as transformações comportamentais observadas nas novas gerações de jogadores. Conforme o treinador, a presença cada vez maior das tecnologias, sobretudo das redes sociais e do uso constante de celulares no ambiente do futebol, tem causado um distanciamento dos atletas em relação ao próprio jogo. 422a12
Segundo Mano, os jogadores mais jovens demonstram menos interesse em discutir aspectos do futebol no dia a dia do clube. "O que mais me preocupa no jogador de hoje é que ele está muito distante do futebol. Ele fala menos de futebol", afirmou. Para ele, a presença constante das redes sociais contribui para esse distanciamento, criando uma relação mais superficial entre os próprios atletas, o que afeta diretamente a dinâmica do grupo.
Mano Menezes em partida do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
A fim de reverter esse cenário, Mano revelou que tem incentivado conversas mais próximas entre os jogadores no vestiário. O objetivo é resgatar a intimidade no ambiente de trabalho, promovendo mais entrosamento e entendimento mútuo. "A gente tem incentivado muito os nossos para voltarem a falar, para sentar e falar sobre a coisa mais importante na nossa vida", disse o treinador, destacando a importância do diálogo no cotidiano esportivo.
Aliás, Mano relembrou práticas comuns em tempos anteriores, como a combinação de jogadas entre os próprios atletas, algo que, segundo ele, se tornou mais raro. "Hoje isso tudo ficou mais distante, mais escasso. Então a relação também ficou mais superficial", pontuou. Ele ainda afirmou que impor restrições ao uso dos celulares não resolve a situação por completo, defendendo que a conscientização é mais eficaz do que a simples proibição.
Outro ponto levantado por Mano é a dependência dos jogadores em relação às informações adas pelas comissões técnicas. Para o técnico, essa prática tem diminuído a autonomia dos atletas durante as partidas. "A gente a tudo. Antes não tínhamos tantas informações para ar. E talvez isso foi criando um atleta muito dependente", refletiu, destacando a necessidade de desenvolver a capacidade de tomada de decisão nos elencos.
Por fim, o treinador deixou claro que, embora a tecnologia traga benefícios, ela também exige um equilíbrio mais consciente. Afinal, conforme argumentou, o envolvimento excessivo com o digital pode comprometer o rendimento e a conexão emocional com o futebol. Dessa forma, seu esforço no Grêmio tem sido no sentido de promover um ambiente mais humano e próximo, sem ignorar as mudanças, mas enfrentando seus efeitos com estratégias que priorizem o coletivo e a essência do esporte.