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Copa da Rússia 3s5g3b

Desejo de Catarina II, palácio de verão é finalizado séculos depois 4l1y3w

Obras em Moscou ficaram interrompidas por 200 anos e só foram retomadas em 2007, respeitando o projeto original 2t5q4n

11 jul 2018 - 05h12
(atualizado às 05h12)
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Em 1775, a czarina Catarina II queria construir um palácio de verão em Moscou. Queria um lugar bonito e aconchegante para ar dois ou três meses do ano. Ela contratou o arquiteto Vasili Bazhenov, o mais renomado da época, que trabalhou no projeto durante dez anos juntamente com sua equipe. Às vésperas da entrega, Catarina ordenou que o palácio fosse derrubado, pois achou que os quartos eram muito pequenos e escuros. Não tinha gostado. 5ea1u

O palácio foi demolido e as obras começaram de novo, do zero. Contrataram outro arquiteto. Em 1796, quase vinte anos depois, o segundo projeto estava quase pronto, mas foi interrompido por causa da morte de Catarina. As obras ficaram interrompidas por 200 anos e só foram retomadas em 2007. A prefeitura de Moscou decidiu concluir o serviço, respeitando o projeto original. No ano seguinte, ele ficou pronto.

O Palácio de Ekaterina em Tsaritsyno, como chamam os russos, é um dos locais mais bonitos de Moscou. Tudo isso que aconteceu não é lenda. Faz parte do charme histórico do lugar. Estão lá as maquetes do projeto original, que acabou sendo demolido pelos caprichos da czarina, e também a maquete do casarão atual. É um local espetacular, que funciona também como um museu. "A gente fica entusiasmada só de olhar, e é muito interessante conhecer a história que existe por trás. Esse contexto deixa a obra ainda mais interessante", conta a produtora Claudia Amaral.

Esse palácio ocupa um espaço diferenciado na paisagem moscovita. Além de dezenas de locais turísticos cobiçados por viajantes do mundo inteiro, a cidade tem lugares pouco explorados, que nem aparecem nos guias e nos roteiros. São prédios, museus, jardins e palácios afastados do centro da cidade e que acabam sendo visitados prioritariamente pelos próprios moradores. É uma parte da Rússia exclusiva para os próprios russos. E esse palácio está nessa lista.

Ele fica um pouco afastado do centro e do zum-zum-zum da Praça Vermelha, Kremlin, Teatro Bolshoi. São umas oito estações de metrô de distância, mas vale a pena. A foto fala por si só. Existe algo que as fotografias não captam. Na arela que dá o às fontes, pouco depois do arco de entrada, um sistema de som com oito alto-falantes toca música erudita o dia inteiro. Por causa desse cenário de novela, muitos casamentos são realizados no local, quase todos os dias.

O lugar tem cara de lua de mel. É isso que estão vivendo a brasileira Karina Vieira Dias, a de empresas, e o médico cubano Kleyvin Reyes. Eles se conheceram numa viagem dela ao país da América Central. Amor à primeira vista. Por causa da distância, eles namoraram por e-mail por um ano. Isso foi em 2017. Casados há dois meses, estão na Rússia para acompanhar a reta final da Copa. É a primeira viagem do casal. "Sempre quis conhecer um castelo. Não tinha um lugar mais bonito para marcar esse momento", diz Karina.

O palácio de verão de Ivan, o Terrível, chamado Parque Kolomenskoe, também é um desses locais em que a maioria dos visitantes é russa. O empresário Alexey, que não quis fornecer o sobrenome, "gosta de caminhar nas ruas sem tanta agitação". Estão ali a Igreja da Ascensão, erguida pelo nascimento de Ivan, o Terrível, e o Museu Kolomenskoe, que retrata a infância (inclusive com uma casa na floresta) de Pedro, o Grande.

Estadão
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