Advogada é presa ao tentar entregar cocaína a preso na Penitenciária de Montenegro 1e2id
Suspeita já havia sido detida anteriormente por levar celulares e eletrônicos a detentos em outra unidade prisional 2u6h72
Uma advogada foi presa em flagrante ao tentar entregar cocaína a um detento na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, no Vale do Caí, na última quinta-feira (30). A prisão foi efetuada após os policiais penais desconfiarem do comportamento da mulher durante o atendimento no parlatório, espaço destinado à comunicação entre advogados e internos. 383949
Segundo a Polícia Penal, a mulher levava aproximadamente um quilo de cocaína, distribuído em papelotes e embalagens, parte das quais estava escondida sob as roupas, atadas junto ao corpo. A droga seria destinada a um dos apenados da unidade.
No entorno da penitenciária, os agentes localizaram ainda cerca de R$ 10 mil em dinheiro vivo dentro de um veículo que seria da suspeita. A Polícia Civil investiga se o valor é proveniente de atividades ligadas ao tráfico de drogas.
A advogada foi conduzida ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre, onde permaneceu detida. A prisão preventiva foi mantida após audiência de custódia realizada no dia seguinte.
Reincidência em atos ilícitos no sistema prisional
Esta não é a primeira vez que a profissional é flagrada com itens proibidos em uma unidade prisional. Em outubro de 2021, ela foi detida na Penitenciária Modulada de Charqueadas (PMEC) com 21 celulares, 15 carregadores, 17 cabos USB, 16 fones de ouvido, além de um estilete e uma chave de fenda, escondidos no banheiro da penitenciária.
Em nota, o presidente da OAB do Rio Grande do Sul, Leonardo Lamachia, afirmou que a entidade tomou providências imediatas após ser informada do novo episódio. "Assim que tomei conhecimento dos fatos, no dia da prisão, mandei abrir processo ético, o qual foi aberto naquele dia mesmo e já marcada sessão do Tribunal de Ética visando a suspensão preventiva da advogada", declarou Lamachia.
A advogada será investigada por associação ao tráfico de drogas e poderá ser expulsa dos quadros da Ordem, caso as infrações sejam confirmadas.