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Governo e Congresso criam 'emendas paralelas' e turbinam novo orçamento secreto, diz Transparência 201r4h

Nova modalidade de rees incrementa as emendas de comissão com R$ 8,5 bilhões para deputados e senadores direcionarem; Palácio do Planalto, Câmara e Senado foram procurados para comentar 6rb4u

31 mai 2025 - 14h46
(atualizado às 15h10)
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BRASÍLIA - A ONG Transparência Brasil elaborou um estudo sobre emendas parlamentares de 2025 por meio do qual alerta para a criação do que chamou de "emendas paralelas". 675x47

O novo dispositivo inserido no Orçamento deste ano prevê R$ 8,5 bilhões para deputados e senadores direcionarem com critérios precários de transparência, que favorecem o uso político do recurso público.

O Palácio do Planalto, a Câmara e o Senado foram procurados para comentar. Caso haja manifestações, o texto será atualizado.

As emendas de comissão se tornaram, desde 2023, um dos mecanismos usados para substituição do orçamento secreto, julgado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e manter a influência do Congresso sobre fatia significativa do orçamento federal.

O orçamento secreto foi revelado pelo Estadão em 2021.

As emendas de comissão são tratadas por técnicos e congressistas como uma nova versão, adaptada, das emendas do relator-geral do Orçamento, o RP 9 (nome técnico do orçamento secreto). Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) consignou que elas enfraquecem políticas públicas.

"Embora direcionadas por parlamentares, elas (as emendas paralelas) poderão se misturar aos demais gastos do governo federal identificados como RP 2 [gastos discricionários do Executivo] e RP 3 [gastos com o PAC], caso o Executivo não estabeleça uma forma de rastreá-los. A prática contraria frontalmente as determinações do STF sobre o tema e se configura como mais uma nova versão do orçamento secreto", destaca a Transparência Brasil.

O fato de o novo dispositivo ter sido viabilizado por acordo do Legislativo com o Executivo é "um agravante", na avaliação da entidade, e "um escárnio com a demanda da sociedade por mais transparência e moralidade nos gastos públicos".

"A criação das emendas de comissão 'paralelas' é mais uma das manobras do Congresso Nacional para manter o poder sobre fatia considerável do orçamento federal após o STF julgar o orçamento secreto inconstitucional", diz o relatório.

Além da deficiência no rastreio dos parlamentares que enviam os recursos até o destino das verbas, outro problema do orçamento paralelo está na qualidade dos gastos. Dos R$ 8,5 bilhões, R$ 7,1 bilhões são direcionadas para "ações genéricas".

"Cada emenda é pulverizada em várias outras no momento da execução da despesa, por meio de pedidos das comissões aos ministérios feitos via ofícios assinados pelos presidentes dos colegiados. É só nessa fase em que se define o destino final do recurso e o que será feito com ele, de forma pouco transparente e pouco articulada com o planejamento federal", afirma a Transparência.

Estadão
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