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Política u1t7

Racha no PT se agrava e corrente de Lula ameaça lançar candidato alternativo a comando do partido 2i5a4r

Edinho Silva, nome favorito do presidente, conversa com Gleisi e Humberto Costa e faz ofensiva para quebrar resistências; corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) ganha apelido de "Construindo uma Nova Briga" 4q514v

11 mar 2025 - 19h02
(atualizado às 20h02)
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BRASÍLIA - Desde 2002, quando foi eleito pela primeira vez para o Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não enfrenta uma rebelião no PT como agora. A crise foi deflagrada pela corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária no PT, porque uma ala desse grupo, que é o mesmo de Lula, não aceita Edinho Silva, nome indicado por ele para presidir o partido. 2t4z3w

Edinho conversou nesta terça-feira, 11, com a nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o presidente interino do PT, Humberto Costa.
Edinho conversou nesta terça-feira, 11, com a nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o presidente interino do PT, Humberto Costa.
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil / Estadão

Ex-prefeito de Araraquara, Edinho conversou nesta terça-feira, 11, com a nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e com o senador Humberto Costa (PE), presidente interino do PT. Tenta construir uma aliança em torno de suas propostas para um partido menos belicoso, mas, diante das dificuldades, seus aliados querem antecipar a inscrição da candidatura para os próximos dias, com o objetivo de criar um fato consumado.

As eleições que vão renovar a cúpula do PT, com voto dos filiados, estão marcadas para 6 de julho, mas integrantes da corrente de Lula, Gleisi e do próprio Edinho têm lavado tanta roupa suja em público que a sigla CNB já é chamada nas fileiras do partido de "Construindo uma Nova Briga".

Durante o jantar na casa de Gleisi, porém, o presidente ouviu uma avalanche de críticas a Edinho. Alguns dirigentes disseram até mesmo que o ex-prefeito de Araraquara seria visto como representante de denunciados nos escândalos do mensalão e da Lava Jato.

Além da anfitriã e de Jilmar, estavam presentes Humberto Costa; o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE); o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto; o prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, e a secretária de Finanças do partido, Gleide Andrade.

Para Edinho, que também foi ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo Dilma Rousseff, Lula caiu numa "armadilha" ao comparecer àquele jantar.

"Estou muito indignado", disse o ex-prefeito de Araraquara. "É revoltante que uma reunião para construir a unidade tenha sido vazada como instrumento de luta interna."

Na casa de Gleisi, Lula ponderou que nunca tinha visto um candidato a presidente do PT ser eleito por unanimidade. Defendeu Edinho, mas, de acordo com relatos, quis encerrar a polêmica e afirmou que tudo seria construído em conjunto com a coordenação da CNB.

Por trás do racha existe a disputa pelo controle da tesouraria do PT. A soma dos fundos partidário e eleitoral da sigla está na casa dos R$ 700 milhões por ano.

Edinho não aceita que a secretária de Finanças, Gleide Andrade, pré-candidata a deputada federal, permaneça no cargo. Em 17 de fevereiro, o Diretório Nacional do PT aprovou, depois de muito bate-boca, uma mudança no estatuto para permitir a reeleição de parlamentares e dirigentes do partido que já tivessem exercido três mandatos consecutivos. A modificação foi apelidada de "emenda Gleide", pois favorece a permanência da atual tesoureira, guardiã do caixa.

"Nosso desafio é reeleger Lula e construir a unidade do partido. E vamos conseguir", observou Humberto Costa, o presidente interino do PT.

Disputas de poder no PT não são episódios inéditos. Em 1994, antes da campanha presidencial, uma ala à esquerda, comandada por Rui Falcão (SP), hoje deputado federal, conseguiu derrotar o grupo de Lula e controlar a legenda. A diferença, agora, é que Lula ocupa a Presidência pela terceira vez e o confronto racha sua própria corrente, considerada como "centro" político do partido.

Estadão
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