'Se o que aconteceu para o Brasil acontecesse na sua casa, você pediria anistia?', diz Moraes g1t3t
Ministro Alexandre de Moraes rebateu versão de que protestos foram pacíficos e questionou anisitia dos envolvidos 3w4l56
Durante a sessão que transformou em réus mais seis investigados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, nesta terça-feira, 22, o ministro Alexandre de Moraes fez um apelo direto à população brasileira. Ao rebater a narrativa de que as manifestações teriam sido pacíficas, o relator do caso destacou a gravidade das ações registradas naquele dia e criticou as versões difundidas nas redes. 6p4b5x
“As imagens divulgadas à época afastam qualquer alegação de que houve uma manifestação pacífica com senhoras com bíblia na mão. Nenhuma das imagens mostra nenhuma senhora com bíblia na mão. Tudo que apareceu depois foram montagens das milícias digitais”, afirmou Moraes, ao defender a abertura da ação penal contra os novos acusados.
Moraes também se dirigiu a quem, segundo ele, ainda pode ser convencido da seriedade dos fatos. “As pessoas de má fé, nessa vida é difícil convencer. Mas as pessoas de boa fé, às vezes, são enganadas por milícias digitais, robôs, uma série de mensagens. É muito importante olhar isso, e cada pessoa de boa fé se fazer uma pergunta: [...] Se o que aconteceu para o Brasil acontecesse na sua casa. Se um grupo armado organizado entrasse na sua casa e destruísse tudo, mas com a finalidade de fazer o seu vizinho mandar na sua casa, afastar você e sua família do comando da sua casa, com violência, destruição e bombas, você pediria anistia para essas pessoas?”
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A fala foi feita durante a análise da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra integrantes do chamado “núcleo 2” da organização acusada de planejar e dar e aos atos de janeiro. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal votou de forma unânime para aceitar a acusação, com os votos de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Entre os novos réus estão nomes ligados à segurança pública e à gestão federal do governo anterior. Com a decisão, o número de acusados no STF sobe para 14. A denúncia da PGR aponta crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa e grave ameaça contra o patrimônio da União.