Debate no Rio tem ataques a Pezão e Garotinho 5z3d50
Candidato Tarcísio Motta foi quem mais soube aproveitar a chance de se mostrar ao público, principalmente no seu tema, educação m5n4w
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Durou cerca de 2h20 o primeiro debate dos candidatos ao governo do Rio na noite de terça-feira realizado pela Bandeirantes. Anthony Garotinho, do PR, Marcelo Crivella, do PRB, Luiz Fernando Pezão, do PMDB, Lindberg Farias, do PT, e Tarcisio Motta, do Psol, discutiram principalmente temas como segurança, transporte público, água para a Baixada Fluminense, respondendo perguntas de jornalistas, personalidades e principalmente de seguidores do Twitter. Garotinho e Pezão foram os mais atacados.
O ex-governador, irônico, conseguiu escapar das saias justas com mais ataques e respostas pela tangente. O atual governador pareceu acuado com as críticas e se mostrou inseguro em boa parte das respostas. Lindberg bateu forte na tecla de que foi um erro do PT apoiar Cabral, atacou Garotinho, mas estava mais preocupado em acertar a câmera e se mostrou tenso em boa parte do debate. Já Crivella foi o menos bélico e pareceu pisar em ovos o tempo todo, sem querer aprofundar as polêmicas. E Tarcísio Motta foi quem mais soube aproveitar a chance de se mostrar ao público, principalmente no seu tema, educação.
O primeiro bloco, o único onde os candidatos tiveram um embate mais direto, serviu para que Garotinho e Lindberg atacassem mais diretamente Pezão. Garotinho perguntou sobre desvios de verbas do atual governo para obras na região serrana e que estão sendo investigados pelo TCU. Pezão respondeu dizendo que Garotinho era “campeão em responder processos.” Depois Lindberg atacou Pezão usando o discurso de que não vai governar apenas para o Rio do “cartão postal” e Crivella lembrou que Pezão e Garotinho foram aliados no Governo de Rosinha Garotinho, onde Pezão foi secretário.
Aproveitando uma pergunta de Lindberg sobre reestruturação dos Cieps, Tarcisio Motta disse que para a educação funcionar não é preciso nada mirabolante, mas apenas dar condições de trabalho aos professores e equipar bem as escolas. Tarcisio atacou Garotinho dizendo que o projeto de seu governo, Nova Escola, tinha sido um fracasso.
No segundo bloco, começando com uma pergunta sobre desmilitarização da polícia, de um lado ficaram Lindberg e Tarcisio (a favor) e do outro Garotinho, Pezão e Crivella (contra). Em seguida, os candidatos responderam a perguntas de populares. Sobre a violência em São Gonçalo, Crivella sugeriu incorporar militares do exército à polícia carioca e a criação de batalhões de motos; sobre o problema de transporte pela Baía de Guanabara, Lindberg criticou a política de transportes do atual governo que concede barcas e a Ponte Rio Niterói ao mesmo concessionário;
Sobre a superlotação do Metrô, Tarcísio Motta defendeu a reestruturação desse meio de transporte do Rio, que chamou de “gambiarra do Estado” ampliando a linha 2 até a praça XV, tornando a linha circular e tirando do papel a Linha 3 para atender a região de Niterói e São Gonçalo; Garotinho falou sobre concursos públicos e lamentou que, hoje, vários serviços fundamentais do Estado estão terceirizados; por fim Pezão respondeu rapidamente sobre crimes de discriminação e disse que nunca o Estado avançou tanto em leis e punição contra crimes de intolerância.
Ainda no terceiro bloco, os cinco candidatos responderam sobre os planos que cada um têm para o transporte alternativo. Pezão aproveitou para citar a parceria com a presidente Dilma para projetos de transporte e que as vans vão ser alimentadoras do transporte de massa. Lindberg foi na onde e citou o ex-presidente Lula, dizendo que é preciso ouvir o trabalhador, mas defendeu a regulamentação das vans.
Tarcisio Motta disse que é preciso sim legalizar, mas com transparência, para evitar a infiltração das milícias. Crivella lembrou de seu ado como taxista e disse que as grandes empresas de ônibus não podem tomar o lugar de quem ganha a vida na van. Para terminar, Garotinho criticou o governo Cabral/Pezão por terem cassado mais de 1.500 concessões de vans e disse se sentir alegre por ser o “pai do transporte alternativo” e ainda disse que a secretaria municipal de transportes é dominada pelos empresários de ônibus e que a secretaria estadual tinha até então no comando um secretário que não entendia de transportes.
No terceiro bloco, os candidatos responderam a perguntas de jornalistas. Pezão começou falando sobre os royalties do petróleo e exaltou que dos 21 centros de pesquisa que o País recebeu, 18 vieram para o Rio. Lindberg criticou a dependência aos bens finitos do petróleo e disse que é preciso investir em educação. Ele aproveitou para atacar Garotinho dizendo que a cidade de Campos dos Goytacazes, onde Garotinho já foi prefeito duas vezes e onde sua mulher é a atual a, é última no Ideb do Estado. Tarcísio Motta falou de investimentos culturais e disse que é preciso “territorializar” os orçamento da produção cultural.
Crivella disse que é preciso usar o orçamento para quem tem menos o. Na pergunta sobre despoluição da Baía de Guanabara, Garotinho gastou seu tempo defendo a mulher dos ataques de Lindberg e no fim disse que é preciso não só tratar o esgoto, mas cuidar dos rios. Pezão contra-atacou dizendo que garante que para os Jogos Olímpicos de 2016, 80% da baía vai estar limpa. Crivella falou sobre a volta de traficante a áreas de UPPs e voltou a defender maior efetivo policial e o programa de zona franca social, para dar oportunidades de gerar emprego a pessoas de comunidades. Garotinho aproveitou para reafirmar que não vai acabar com as UPPs, apenas aprimorá-las. No fim Lindberg e Tarcísio concordaram sobre a política de cotas sociais, mas defenderam que o controle seja ampliado para evitar fraudes.
No fim do bloco, os cinco responderam sobre a liberação da maconha. De um lado Lindberg, Crivella, Garotinho e Pezão deixaram Tarcísio Motta sozinho. O candidato do Psol disse que não é a favor da liberação e da legalização.
No quarto bloco, os candidatos ao governo do Rio responderam a perguntas de personalidades. Lindberg começou falando do saneamento da Baixada Fluminense e voltou a atacar Pezão com o discurso de Rio de cartão postal e o resto, que, de acordo com ele, não recebe investimentos do atual governo. “Os moradores perguntam como é que a adutora é na Baixada e falta água o tempo todo">No último bloco, antes das despedidas, todos responderam sobre desoneração tributária para atrais investimentos. Crivella disse que o assunto precisa ser encarado com cuidado para que não se aumente a desigualdade. Garotinho, irônico, disse que é preciso acabar com privilégios e disse que até o cabelereiro da mulher do ex-governador Cabral ganhou isenção fiscal. “Até a Termas Aeroporto ganhou isenção. Quem será que frenquenta lá?”, ironizou de novo Pezão defendeu uma discussão nacional sobre o problema e disse que o Rio fez isso bem com bares e restaurantes e deu certo. Lindberg disse que a política do Estado nessa questão é velha há 16 anos (para englobar os governos Garotinho, Rosinha, Cabral e Pezão) e Tarcísio pediu o fim de isenção apenas para um pequeno grupo de empresários.