Mãe que foi espancada por filhos adolescentes desabafa: 'Amo muito meus filhos, mas tenho medo deles' 3f5n1i
A mãe que foi espancada por seus filhos adolescentes em Olinda, faz desabafo emocionante; os garotos têm 15 e 16 anos 31j5
Em um relato chocante, uma mãe de Olinda revelou o temor que sente pelos próprios filhos, dois adolescentes de 15 e 16 anos, que a agrediram brutalmente. "Eu amo muito meus filhos, mas tenho medo deles, pelos monstros que estão se tornando", desabafou em entrevista ao g1. O episódio, registrado em vídeo por testemunhas, mostra a mulher e sua filha mais velha sendo espancadas pelos jovens, enquanto o pai deles assistia sem intervir. A violência, segundo ela, é o ápice de anos de conflitos e abusos. s4v6c
Tudo começou há seis anos, quando a mãe decidiu se separar do ex-companheiro, após um relacionamento marcado por violência doméstica. "Ele me batia e me obrigava a relações sexuais sob ameaça de matar minha filha", contou. Com medo, ela cedeu a guarda dos filhos ao pai, que, segundo ela, promoveu uma alienação parental, afastando-os dela. O convívio, que antes incluía visitas esporádicas, deteriorou-se até chegar a agressões físicas. "Meus filhos não eram assim. O pai destruiu minha relação com eles", lamentou.
O ápice da crueldade ocorreu no último domingo, quando os adolescentes atacaram a mãe e a irmã sem motivo aparente. "Levei murros na cabeça, chutes. Minha filha foi pisoteada no rosto", descreveu. O mais chocante, segundo ela, foi a ividade do pai, que filmou a cena enquanto ria. A mulher acredita que o comportamento violento dos filhos foi incentivado por ele, que nunca aceitou o fim do relacionamento. "Ele quer me ver destruída, e meus filhos estão sendo usados para isso", afirmou.
Agora, a mãe vive com medo constante. "Foi a noite mais terrível da minha vida", disse, referindo-se ao ataque. Ela teme que a situação se agrave ainda mais: "Vão esperar nos ver mortas na TV para agir?". Apesar de ter registrado ocorrência na polícia, ela sente que a justiça é lenta. O caso está sendo investigado como violência doméstica, mas, devido à idade dos agressores, as informações são protegidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
Enquanto isso, a vítima segue dependendo da solidariedade de amigos para sobreviver, já que perdeu até mesmo o direito à pensão que pagava aos filhos. "Esse homem precisa ser parado", implorou. "Antes que seja tarde demais."