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China denuncia "politização" da educação após Trump proibir matrícula de estrangeiros em Harvard 1k6z1m

Pequim criticou nesta sexta-feira (23) a "politização" da educação após a decisão do governo americano de retirar da Universidade de Harvard o direito de matricular estudantes estrangeiros, muitos deles chineses. 6gu6e

23 mai 2025 - 06h22
(atualizado às 07h04)
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Pequim criticou nesta sexta-feira (23) a "politização" da educação após a decisão do governo americano de retirar da Universidade de Harvard o direito de matricular estudantes estrangeiros, muitos deles chineses.  4g444c

Um dos prédios no campus da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Um dos prédios no campus da Universidade de Harvard, em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos.
Foto: © Steven Senne, AP / RFI

"A China sempre se opôs à politização da cooperação educacional", disse Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, em entrevista coletiva. "A atitude dos Estados Unidos apenas prejudicará sua imagem e reputação internacional", afirmou. 

Na quinta-feira (22), o governo Trump proibiu Harvard de receber estudantes estrangeiros. A medida retira da instituição um importante instrumento de influência global e é vista como mais um o na ofensiva do governo Trump contra o ensino superior. 

Segundo o site da universidade, considerada uma das melhores do mundo, Harvard recebe cerca de 6.700 estudantes internacionais — 27% do total — e já formou 162 ganhadores do Prêmio Nobel. 

Perda financeira 4e4773

"A certificação do programa Sevis (Student and Exchange Visitor) da Universidade de Harvard foi revogada com efeito imediato", escreveu a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, em carta enviada à instituição. 

Com a revogação, a Harvard está proibida de receber estudantes com vistos F ou J no ano letivo de 2025-2026. Esses vistos são usados principalmente por estudantes e acadêmicos estrangeiros. 

A medida representa uma perda potencial significativa para a universidade, tanto financeira quanto em prestígio internacional. 

"Essa decisão é a mais recente de uma série de medidas de retaliação e autoritarismo flagrante contra a mais antiga instituição de ensino superior dos Estados Unidos", afirmou a Associação Americana de Professores Universitários (AAUP). "O governo Trump tenta destruir ilegalmente o ensino superior no país." 

Ultimato  2ma2n

Segundo Noem, os estudantes estrangeiros já matriculados devem pedir transferência para outras instituições. Foi o que fez o universitário austríaco Karl Molden, 21 anos, que se transferiu para a Universidade de Oxford, no Reino Unido. "Entrar em Harvard foi o maior privilégio da minha vida", disse. "Mas os Estados Unidos estão se tornando cada vez menos atraentes para o ensino superior." 

Kristi Noem impôs ainda um ultimato: se quiser reverter a decisão, Harvard deve fornecer, em até 72 horas, informações sobre supostas atividades ilegais de seus estudantes estrangeiros nos últimos cinco anos. 

"A decisão do governo é ilegal", respondeu um porta-voz da universidade. "Estamos totalmente comprometidos em manter a capacidade de Harvard de receber estudantes e acadêmicos internacionais, que vêm de mais de 140 países e enriquecem a universidade e o país." 

Harvard já havia processado o governo semanas antes, após a suspensão de auxílios federais. 

Ofensiva contra universidades  4n56y

O governo Trump tem acusado instituições como Harvard e Columbia de tolerarem o antissemitismo e de não protegerem estudantes judeus em protestos contra a guerra de Israel em Gaza. 

Republicanos criticam as universidades por promoverem ideias progressistas. Já entidades de defesa das liberdades civis veem nas ações uma tentativa de censurar críticas à política israelense. 

Na carta divulgada, Noem acusa Harvard de se recusar a colaborar com o governo, manter um ambiente hostil a estudantes judeus e adotar políticas de diversidade, igualdade e inclusão, consideradas "racistas" pela istração Trump. 

Defensores dessas políticas argumentam que elas buscam corrigir desigualdades históricas na sociedade americana. 

O governo já havia cortado mais de US$ 2 bilhões em subsídios à universidade, afetando programas de pesquisa. Harvard respondeu com ações judiciais, apoiadas por estudantes e professores. 

"Estamos trabalhando para orientar e apoiar nossa comunidade. Essa retaliação ameaça gravemente Harvard e compromete sua missão acadêmica e científica", disse o porta-voz da instituição. 

Para a estudante Alice Goyer, a notícia gerou incerteza entre os colegas estrangeiros. "Todos estão um pouco em pânico", disse, esperando uma "batalha judicial" contra a decisão. 

Na quinta-feira, um juiz federal ordenou a suspensão de qualquer revogação da situação legal dos estudantes internacionais.  Ainda não está claro, entretanto, se essa decisão pode ter consequências para os estudantes Harvard.

(Com informações da AFP)

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