'Habemus papam': terceira fumaça do conclave é branca e indica que novo pontífice foi escolhido 4nl6s
Decisão saiu nesta quinta-feira, 8; nome do papa ainda não foi anunciado 4c214n
Habemus papam! A fumaça branca saiu por volta das 13h10, desta quinta-feira, 8, na chaminé da Capela Sistina. O sinal indica ao público que a votação do conclave chegou a um nome de consenso entre os cardeais e o 267º pontífice da Igreja Católica já foi escolhido. A partir de agora, todas as atenções ficam voltadas para a sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o nome do substituto de Francisco será apresentado. 712n28
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O anúncio, reforçado pelos sinos da Basílica, foi acompanhado por milhares de fiéis, que receberam a fumaça branca com gritos e muitas palmas. A felicidade era comum em boa parte dos presentes, que não conseguiam segurar o sorriso. Em poucos minutos, o número de pessoas na Praça São Pedro duplicou. A multidão aguarda ansiosa por novidades. Bandeiras de diversos país, incluindo do Brasil, Espanha, Argentina, México e Filipinas, se destacam.
O fim do conclave indica que algum dos candidatos alcançou os dois terços dos votos (ao menos 89 dos 133 cardeais votantes) necessários para ser eleito papa. A decisão segue a tendência dos dois últimos conclaves, quando o nome foi conhecido no segundo dia de votação. Vale lembrar que os últimos dez conclaves não superaram cinco dias.
O conclave mais curto foi o de 1503, responsável por eleger Júlio II, e durou apenas algumas horas. Já o mais longo foi o de Gregorio X, que foi de novembro de 1268 a setembro de 1271, cerca de 33 meses.
O próximo o é a apresentação do novo papa ao mundo na sacada da basílica. O anúncio será feito pelo primeiro dos cardeais diáconos, o cardeal Dominique Mamberti, que dirá o famoso “Habemus Papam”. É nesse mesmo momento que será revelado o nome de batismo do novo papa e o nome escolhido pelo novo pontífice, que imediatamente dará a sua primeira bênção.
Mas, entre a saída da fumaça e a apresentação do novo pontífice, que deve durar cerca de 1 hora, há alguns outros rituais que precisam ser seguidos. Segundo o Vaticano, após a eleição, o novo pontífice se retira do conclave e vai para a "Sala das Lágrimas", ou seja, a sacristia da Capela Sistina, onde vestirá pela primeira vez os paramentos papais - preparados em três tamanhos - com os quais se apresentará à multidão de fiéis na Praça São Pedro.
Como é o processo de votação 5o1k5y
O processo de votação, que é o mesmo em todas as sessões, foi presidido pelo cardeal Pietro Parolin, na ausência do decano, Cardeal Re, de 91 anos. Cada cardeal eleitor, em ordem de precedência, depois de ter escrito e dobrado a cédula, irá levá-la para o altar, onde ficam os escrutinadores. Lá, eles dizem em voz alta:
“Chamo como minha testemunha Cristo Senhor, que me julgará, que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero que deva ser eleito.”
Em seguida, a cédula é colocada em um prato e depois colocada no recipiente. Ao término, ele se curva diante do altar e retorna ao seu assento. Após todos votarem, a sessão a para o escrutínio.
O primeiro escrutinador sacode a urna várias vezes, para que as cédulas se embaralhem, e depois, o último escrutinador inicia a contagem. Elas são retiradas, uma a uma, da urna e colocadas em outro recipiente. Os escrutinadores se sentam de frente ao altar, abrem as cédulas e o terceiro lê em voz alta (para que todos os eleitores presentes possam acompanhar o processo de votação) e anota o nome lido.
Quando a contagem das cédulas termina, os escrutinadores somam todos votos e os anotam em uma folha de papel separada. O último dos escrutinadores, na medida em que lê as cédulas, as fura com uma agulha no ponto em que a palavra Eligo está localizada e as insere em uma linha, para que possam ser preservadas com mais segurança.
Quando a leitura dos nomes é concluída, as pontas da linha são amarradas com um nó e as cédulas são colocadas em um recipiente ou em um dos lados da mesa. Neste ponto, os votos são contados mais uma vez e, depois de conferidos, as cédulas são queimadas em um fogão de ferro fundido usado pela primeira vez durante o conclave de 1939. Um segundo fogão, de 2005, conectado, é usado para os produtos químicos que devem dar a cor preta no caso de não eleição e branca no caso de eleição.
“Essa foi uma forma encontrada porque, em anos anteriores, a fumaça causava uma certa confusão. Não dava pra entender muito bem se a fumaça era cinza ou se a fumaça era branca. Hoje em dia, geralmente se utiliza alguns produtos químicos. [...] No último conclave, por exemplo, ficou muito clara a diferença da fumaça preta e da fumaça branca”, explica o padre Dayvid da Silva, professor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, em entrevista ao Terra.