Script = https://s1.trrsf.com/update-1747831508/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

ONU retoma envio de ajuda humanitária a Gaza após bloqueio de quase três meses 67234y

Israel impõe um bloqueio total ao enclave desde o dia 2 de março, mas cedeu à pressão internacional 4u703y

22 mai 2025 - 06h46
(atualizado às 08h08)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
ONU retoma envio limitado de ajuda humanitária à Faixa de Gaza após bloqueio israelense iniciado em março, mas volume continua insuficiente para atender às necessidades da população local.
Caminhão com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza estacionadono estacionamento da agem de fronteira de Kerem Shalom entre Israel e Gaza, no sul de Israel.
Caminhão com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza estacionadono estacionamento da agem de fronteira de Kerem Shalom entre Israel e Gaza, no sul de Israel.
Foto: AP - Leo Correa / RFI

A ONU anunciou na noite de quarta (21) para quinta-feira (22) que recebeu e voltou a entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Israel impõe um bloqueio total ao enclave desde o dia 2 de março, mas cedeu à pressão internacional e anunciou nesta semana uma retomada limitada da distribuição. 2q1ge

Na quarta-feira, "as Nações Unidas coletaram cerca de 90 carregamentos de caminhões no ponto de agem de Kerem Shalom e os enviaram para Gaza", declarou Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, em um comunicado. 

A assessoria de imprensa do governo de Gaza, controlado pelo Hamas desde 2007, confirmou que, até agora, 87 caminhões de ajuda entraram no enclave, em uma mensagem publicada na rede Telegram. 

Israel já havia anunciado a entrada, a partir desta quarta-feira, de 100 caminhões de ajuda humanitária da ONU em Gaza, carregados com farinha, alimentos para bebês e materiais médicos, após a liberação de 93 caminhões na terça-feira e cerca de dez na segunda-feira.  

Mas nenhuma das cargas conseguiu sair do ponto de agem de Kerem Shalom, na fronteira entre Israel, a Faixa de Gaza e o Egito. Essa zona funciona como um terminal logístico onde cargas humanitárias e comerciais são transferidas dos caminhões israelenses para os veículos palestinos. 

As autoridades israelenses haviam autorizado as equipes da ONU a "ar por uma zona muito congestionada, que não consideramos segura e onde saques eram muito prováveis, dadas as privações prolongadas" das últimas semanas, explicou mais cedo Stéphane Dujarric. 

Para as Nações Unidas, o volume de ajuda é ínfimo diante das necessidades dos habitantes de Gaza. Antes do início da guerra, em 7 de outubro de 2023, cerca de 500 caminhões de ajuda humanitária entravam diariamente no enclave. 

Cessar-fogo temporário"> 1vw69

"Todo o território da Faixa de Gaza estará sob controle do exército" israelense ao final da ofensiva de grande escala lançada por Israel, afirmou o chefe do governo. 

Paralelamente, na quarta-feira, disparos israelenses interromperam uma visita de diplomatas estrangeiros organizada pela Autoridade Palestina em Jenin, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967. 

Os "tiros de advertência", disparados segundo o Exército israelense porque a delegação havia "se desviado do itinerário aprovado", provocaram indignação internacional. Netanyahu não comentou o ocorrido diante da imprensa. 

Pressões externas 20h19

Na terça-feira, o Reino Unido anunciou a suspensão de suas negociações com Israel sobre um acordo de livre-comércio e a União Europeia decidiu reavaliar seu acordo de associação com Israel, com o apoio de 17 Estados-membros. 

"As pressões externas não desviarão Israel de seu caminho para defender sua existência e segurança", reagiu o Ministério das Relações Exteriores de Israel. 

O ministério considerou que a reavaliação do acordo de associação refletia "uma total incompreensão da realidade complexa que Israel enfrenta" e encorajava "o Hamas a manter sua posição". 

O ataque do movimento  palestino em 7 de outubro de 2023 causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelense, em sua maioria civis, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais. 251 pessoas foram sequestradas. 

A campanha de represálias israelenses causou pelo menos 53.655 mortes em Gaza, em sua maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados confiáveis pela ONU. 

Paralelamente, o Exército israelense anunciou na noite de quinta-feira ter interceptado um novo míssil disparado do Iêmen, de onde os rebeldes houthis frequentemente atacam o território israelense. Apoiado pelo Irã, os houthis afirmam agir em solidariedade aos palestinos. 

O Ministério da Saúde do Líbano também informou na quarta-feira a morte de três pessoas em ataques israelenses no sul do país, onde Israel continua a alvejar regularmente o Hezbollah, apesar de um cessar-fogo em vigor desde novembro. 

(Com informações da AFP)

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade