'Não caiu bem': pesquisador divulga registro raro de tubarão-tigre 'vomitando' presa espinhosa n3e21
Caso surpreendeu grupo de pesquisadores da Universidade James Cook, que monitoravam animais marinhos na costa do país 6d4q1z
Cientistas de uma universidade da Austrália divulgaram, nesta quinta-feira, 6, registros de uma cena rara na natureza: um tubarão-tigre que ou por 'maus bocados' após devorar uma equidna, um espinhoso mamífero local semelhante a um ouriço, e que acabou regurgitando a presa inusitada. 4b14c
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O caso foi divulgado pelo pesquisador Nicolas Lubitz, que presenciou a cena durante seu trabalho de pós-doutorado pela Universidade James Cook em maio de 2022. Na ocasião, a equipe estava ancorada próxima à Ilha de Orfeu, ao norte da região australiana de Queensland, em um litoral considerado paradisíaco.
Lubitz e sua equipe estavam marcando animais marinhos quando perceberam a aproximação do tubarão. O animal, então, começou a se debater na água até regurgitar a presa. "Ficamos muito chocados com o que vimos, realmente não sabíamos o que estava acontecendo", afirmou Lubitz.
Segundo o especialista, a equidna estava inteira quando foi 'vomitada' pelo tubarão de três metros de comprimento, indicando que pudesse ter sido vítima de uma caçada recente. "É muito raro eles regurgitarem o alimento, às vezes acontece quando eles estão estressados", explicou.
"Acredito que, nesse caso, a equidna não 'caiu bem' para o tubarão", brincou Lubitz, que afirmou acreditar ser um registro inédito na natureza. Segundo o especialista, é possível que o tubarão tenha devorado o mamífero, de hábitos semi-aquáticos, em águas rasas próximas à ilha.
O pesquisador ressaltou, também, o caráter predador dos tubarões-tigres, conhecidos por devorar qualquer coisa em seu caminho. Há registros dos animais engolindo aves marinhas, pneus, placas de carros e até um monitor de televisão, segundo Lubitz.
O animal, cuja espécie é considerada altamente em perigo de extinção, em questão não ficou ferido pela presa e, após receber um rastreador acústico, foi liberado de volta ao mar pelo grupo de pesquisa.