Lula lembra como perdeu dedo: 'Esse não precisava ser cortado' 584i39
Em evento sobre o SUS, presidente contou que atendimento na época era precário 4x5k62
Lula lançou o programa "Agora tem especialista" para otimizar o atendimento no SUS, lembrando, de forma pessoal, as dificuldades enfrentadas no ado pela falta de o a serviços médicos especializados.
Durante o lançamento do programa ‘Agora tem especialista’, nesta sexta-feira, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre o tempo em que atendimento público de saúde era mais precário e usou como exemplo a amputação do seu dedo mínimo da mão esquerda. 676534
“Eu sou do tempo que… Esse dedo aqui não precisava ser cortado. Hoje eu tenho consciência de que eu não precisava ficar decepado como eu fiquei. Poderia ter tirado um pedaço só”, disse apontando para a mão esquerda.
Lula sofreu o acidente enquanto era torneiro mecânico e trabalhava em uma metalúrgica, em 1964, no bairro Vila Carioca, em São Paulo. Uma das prensas quebrou e ele colocou a mão na máquina, numa tentativa de fazê-la voltar a funcionar.
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“Mas eu era um metalúrgico, cheguei no hospital cheio de graxa, às 6h. O médico resolveu dar a anestesia aqui, arrancar o dedinho e acabou. [Como quem diz] não faz falta um dedo. Faz falta um dedo”, apontou o presidente.
Ele ainda relembrou que, logo após o episódio, sentia vergonha por ter um dedo faltando na mão, e que não usava aliança para que as pessoas não vissem sua condição. O chefe de Estado ainda apontou que precisou ar por uma adaptação.
“Eu já contei uma vez que eu tinha muita dificuldade de lavar o rosto, porque você enchia a mão d'água e quando chegava aqui estava vazio. Ou seja, eu levei algum tempo para aprender a colocar a mão assim e conseguir lavar o rosto. eu não precisaria ter ado por isso", disse Lula bem humorado.
Programa 'Agora tem especialistas' k631r
O novo programa lançado pelo Governo Federal promete acelerar o atendimento e aproximar a população dos médicos especialistas no Sistema Único de Saúde (SUS).
A ocorreu com a presença de Lula, da ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, entre outras autoridades.
Segundo o governo, a iniciativa possibilita que a pasta utilize a estrutura de saúde do país, pública e privada, para aumentar a capacidade de atendimento nas redes locais. A expectativa é de reduzir o tempo de espera dos pacientes, que aumentou devido à pandemia.
A primeira entrega do programa será de um acelerador linear, um equipamento de alta tecnologia que reduz o tempo de tratamento do câncer. Seis cidades serão contempladas.
Além disso, clínicas, hospitais filantrópicos e privados poderão se credenciar para atendimento de pacientes do SUS com foco em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Consulta, exames, cirurgias e mutirões serão realizados.
A contratação será feita pelos estados e municípios, ou de maneira complementar pela AgSUS e Grupo Hospitalar Conceição.