Modelo tem córneas queimadas e fica 7 dias sem visão após uso pomada modeladora no cabelo
Ivana Souza conta que ficou muito abalada com o quadro e hoje precisa usar óculos devido ao problema
A modelo e empresária Ivana Souza, de 29 anos, ficou sete dias sem enxergar após usar pomada modeladora no cabelo. Segundo o relato enviado ao Terra, ela afirma que teve as duas córneas queimadas e ou por tratamento com antibióticos, colírios e pomada.
O episódio ocorreu quando ela fez uma viagem para Bertioga, no litoral de São Paulo, com seu marido e um amigo. A produtora de conteúdo conta que costuma usar trança-nagô e que a pomada foi usada para deixar o penteado intacto. Naquele dia, foi à praia, mas não molhou a cabeça.
Depois de ir à praia e à sauna molhada, começou a suar bastante, e percebeu uma ardência nos olhos, no entanto, achou que poderia ser só o suor escorrendo. “Achei que fosse normal”, afirma. Em seguida, foi para a piscina, onde tinha cloro, mas, até então, tudo parecia “sob controle”.
“Só que, com o tempo, minha visão começou a ficar embaçada, a coçar, a arder”, relembra. Achou até que poderia ser a neblina tomando conta da cidade, e se deu conta que a “neblina” estava só em seus olhos quando perguntou ao marido e ao amigo.
“Mesmo assim, achava que era uma reação ao suor ou ao cloro. [...] No escuro minha vista ficava mais confortável. Mas a claridade doía muito. Até então eu não lembrava sobre o caso da pomada, por isso não me desesperei”, relata.
‘Simplesmente parei de enxergar’
Já em casa, na manhã seguinte, acordou com os olhos ainda mais irritados e lembrou de outros casos de pessoas que haviam ficado sem enxergar após o uso do produto nos cabelos. Ivana enxergava tudo branco e entrou em desespero.
“Simplesmente parei de enxergar. Olhava pro celular e não conseguia distinguir nenhuma imagem, só via uma claridade intensa. Fechei os olhos, pedi pra Deus: “Quando eu abrir, vou voltar a enxergar”, mas nada acontecia”, afirma.
Em seguida, veio uma dor inável, conforme descreve. “Parecia que tinha fogo queimando os olhos e cacos de vidro ao mesmo tempo. Aberto doía, fechado também. Entramos no carro e fomos correndo para emergência oftalmológica”.
O médico a examinou e disse que ela estava com as duas córneas queimadas. Inundada pelo desespero, queria perguntar se voltaria a enxergar, mas não teve coragem. Saiu de lá com a receita para o tratamento e o pedido de avaliação em sete dias.
“Foi uma semana muito difícil. ei os dias na cama, sem enxergar, apenas com meus pensamentos, e eles iam do medo ao excesso de reflexões. Eu pensava: “E se eu não voltar a ver? E se eu nunca mais enxergar o rosto do meu marido? Da minha família">O caso ocorreu em agosto do ano ado. Ivana conta que demorou para relatar o que ocorreu por ter ficado muito abalada com tudo isso, mas viu que era importante outras pessoas saberem.
A visão do olho direito começou a voltar no quinto dia e, do esquerdo, só no oitavo. “Hoje, preciso de óculos por causa desse olho”, afirma. Depois de dar seu relato, recebeu mais de duas mil mensagens de pessoas relatando situações semelhantes.
A empresária ainda diz que, quando ocorreu, as pomadas tinham voltado a ser liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por isso, confiou que era seguro.
“É isso que mais me assusta. A culpa não é de uma marca específica. O problema está no componente químico usado em muitas pomadas. Até hoje carrego a dúvida: o que realmente é seguro?”, questiona.