Lula homenageia Sebastião Salgado: 'Um dos maiores fotógrafos' 3b695w
Petista respeitou um minuto de silêncio no Palácio do Planalto 1e1n5m
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respeitou um minuto de silêncio no Palácio do Planalto, em Brasília, em homenagem a Sebastião Salgado, falecido aos 81 anos nesta sexta-feira (23) e considerado "um dos maiores fotógrafos que o mundo já produziu". 475m1j
"A gente ficou sabendo de uma notícia muito triste. Eu até queria em uma homenagem pedir um minuto de silêncio, pela morte do companheiro Sebastião Salgado, certamente, se não o maior, um dos maiores e melhores fotógrafos que o mundo já produziu, que morreu hoje", declarou o petista.
Em uma publicação nas redes sociais, Lula disse estar "profundamente triste" com o falecimento de Salgado e destacou que "seu inconformismo com o fato de o mundo ser tão desigual e seu talento obstinado em retratar a realidade dos oprimidos serviu, sempre, como um alerta para a consciência de toda a humanidade".
"Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração", ressaltou.
De acordo com o presidente brasileiro, é justamente por isso que a obra do fotógrafo "continuará sendo um clamor pela solidariedade" e "o lembrete de que somos todos iguais em nossa diversidade". "Aos seus amigos e familiares, deixo meu forte abraço", concluiu.
Nascido em 1944 em Minas Gerais, Salgado formou-se em economia e começou a fotografar profissionalmente em 1973. Em 1994, fundou com sua esposa Lélia a agência Amazonas Images, dedicada exclusivamente ao seu trabalho.
Ao longo de sua carreira, ele viajou para mais de 100 países para seus projetos fotográficos, que se tornaram exposições de extraordinário sucesso em museus e galerias de todo o mundo, incluindo Itália, e livros, entre os quais se destacam "Terra" (1997), "Retrato de Crianças do Êxodo" (2000), "África" (2007), "Gênesis" (2013), "Perfume de Sonho" (2015), "Kuwait - Deserto em Chamas" (2016), "Ouro" (2019) e "Amazônia" (2021).
O último capítulo de sua pesquisa sobre os temas cruciais da vida na Terra está nas 54 fotografias de grande formato, quase todas inéditas, escolhidas para a exposição "Geleiras", no Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Trento, aberta até 21 de setembro.
O artista, que teve que desistir de comparecer à inauguração da exposição por motivos de saúde, havia adiado sua participação para setembro.