Sempre fui muito julgada por meu relacionamento, diz Lore Improta 142052
Dançarina e apresentadora conta como se prepara para lidar com racismo em sua família e comenta a moda das dancinhas no TikTok: 'Evolução' 4y5s2v
Dançarina, empresária, influenciadora, cantora, mãe e agora apresentadora. Existem muitas maneiras diferentes de se referir a Lorena Improta, que é mais conhecida como Lore. 32j52
A baiana de Salvador, que começou como dançarina aos 9 anos de idade em um projeto infantil de Carla Perez, cresceu acompanhada da música. Aos 16 anos, Lore foi estudar no Canadá, e voltou para a fama.
Não demorou até que 'estourasse' no meio artístico. Primeiro, como coreógrafa e uma das primeiras participantes do projeto FitDance. Depois, como campeã do concurso que buscava uma nova integrante do balé do extinto 'Domingão do Faustão'.
De lá para cá, começou seu próprio projeto de dança; criou 'Show da Lore', projeto musical voltado para as crianças; se tornou musa da escola de samba Viradouro; e hoje já faz as vezes de apresentadora. Na Comic Con Experience (CCXP22), ela comandou a live da Universal Music com o influencer Laddy Nada.
"Eu amo apresentar, eu me sinto muito bem", diz Lore, no bate-papo exclusivo que teve com o Terra no último dia do evento.
Em uma conversa reveladora, Lore Improta ainda detalha como tem se preparado para blindar a filha Liz do racismo. Fruto do seu relacionamento com o cantor Léo Santana, a multiartista conta que ou a estudar para desenvolver consciência racial.
"Eu nunca vou ar por qualquer tipo de dor relacionada a isso, porque eu sou uma mulher branca, mas eu preciso estudar, não só pela minha filha, ou pelo meu marido, mas pela sociedade", acrescenta ela, que conta ter sido muito julgada quando assumiu o relacionamento com o pagodeiro.
Confira a entrevista na íntegra: 5r3c44
Terra: A função de apresentadora não é nova para você. Mas como é a experiência de estar apresentando de dentro da CCXP22">Esse assunto surgiu na minha vida desde quando eu comecei um relacionamento interracial. Eu sempre fui muito julgada, e o Léo [Santana] também, muito julgado de 'palmiteiro' [expressão pejorativa usada para se referir a pessoas negras que apena se relacionam romanticamente com pessoas brancas] por estar comigo. A partir desse momento, e principalmente depois que eu engravidei, eu pensei: 'Minha filha é uma criança preta, independente da cor da pele', e eu comecei a estudar. Essa é a maneira de a gente poder começar a ter um pouco de consciência racial. Eu nunca vou ar por qualquer tipo de dor relacionada a isso, porque eu sou uma mulher branca, mas eu preciso estudar, não só pela minha filha, ou pelo meu marido, mas pela sociedade. Eu nunca vou sentir isso na minha pele, mas o racismo está aí. Independente de minha filha ser filha de dois artistas, ela não está isenta de ar por qualquer tipo de preconceito no futuro, e agora também, como já ou. No meu Instagram, eu recebo mensagens e tudo mais. Eu preciso me preparar e tentar blindar ela o máximo que eu puder, pra ela não sofrer tanto. Tudo que eu puder fazer, que estiver ao meu alcance, eu vou fazer com que ela sofra menos essa questão do racismo, que é estrutural, infelizmente.