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Selton Mello retorna à série Sessão de Terapia: 'Diz muito sobre o Brasil' 5h2q1h

Ator e diretor comenta nova temporada da produção do Globoplay, prevista para 2026, e fala sobre saúde mental, luto e memórias pessoais que cruzam a ficção 6m1ot

26 mai 2025 - 14h35
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Foto: GloboPlay/Reprodução / Rolling Stone Brasil

Selton Mello está de volta como Caio Barone em Sessão de Terapia. A série do Globoplay está atualmente em gravações de sua sexta temporada, com previsão de estreia para 2026. Além de protagonizar, o ator também dirige os episódios. Envolvido com a produção desde 2012, ele afirma que a atuação é a parte mais leve do processo (via O Globo). 332d4m

"Atuar para mim é muito simples, não exige psicologismo. Existe uma leveza enorme na coisa. Desligar também é fácil, e isso tem a ver com maturidade. Aos 30, você mergulha e sofre. Hoje, entro num buraco profundíssimo e volto rápido. Isso é tempo, é estrada."

Durante as filmagens, Selton contracena com Grace ô, que interpreta Rosa Gabriel, terapeuta responsável por supervisionar o trabalho de Caio. A cena em questão tratava das percepções do personagem sobre uma paciente.

"Sessão de Terapia é uma série que já sabe o que quer alcançar. É uma concepção madura que escolheu conversar com o público sobre assuntos complexos. Tudo é construído sobre a atuação", explicou a atriz.

Inspirada na série israelense BeTipul, a versão brasileira é uma das mais longevas do mundo, com cinco temporadas lançadas desde 2012 e uma mudança de protagonista ao longo do caminho. "Somos o único lugar do mundo onde a franquia foi tão longe e ainda trocou de terapeuta. Isso diz muito sobre o Brasil. O país da caipirinha, do samba, do sorriso, do molejo, da praia. Será que somos tão assim?", questiona Selton, que assumiu o papel a partir da quarta temporada, substituindo Zé Carlos Machado.

Mesmo com estrutura intimista, com dois personagens em cena e poucos elementos visuais, a série é filmada com linguagem de cinema.

"Quem assiste imagina que a série é rodada de forma fluida, com duas câmeras ligadas e a gente conversando. Mas ela é feita como cinema, com muitos cortes e mudanças de lente. A fluidez monto na minha cabeça. É cinema, mas está na TV."

Nesta nova fase, um dos episódios envolve uma paciente lidando com o avanço do Alzheimer em um familiar, tema que Selton viveu de perto após o diagnóstico da mãe, Selva Mello, que morreu em 2024 aos 83 anos. "Foi mais tranquilo do que eu imaginava. Já estava muito bem resolvido com a perda dela, o luto."

Ele também já falou abertamente sobre ter sido diagnosticado com depressão e ansiedade, além de fazer acompanhamento psiquiátrico.

"Sou introspectivo. Faço terapia, me conheço. Sei quando posso escorregar. Antevejo os sintomas. Posso me antecipar, me organizar e eventualmente me medicar. É importante falar disso também."

Em outro momento, o ator revelou que levou alguns trejeitos do próprio terapeuta para o personagem — o que gerou uma situação curiosa. "Imito umas coisinhas dele. Tipo como ele encerra a sessão, dá um suspiro e fala: 'vamo lá'. Mas sacaram, perguntaram pra ele se atendia o Selton Mello. Aí ele teve que mudar o jeito de terminar as sessões."

Segundo a roteirista Jaqueline Vargas, a identificação do público com os pacientes da série vem da observação do cotidiano. "O roteirista é um voyeur. Muita coisa vem do meu entorno, dos meus amigos, da minha família. Dá sempre para achar uma ponta de iceberg que leva a um conflito universal."

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