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Papa Leão XIV pede que Israel deixe ajuda entrar em Gaza enquanto a fome se aproxima 4o5v6l

Organização das Nações Unidas (ONU) alertou no início desta semana que o bloqueio de Israel à ajuda humanitária poderia levar à fome em massa em Gaza 1j2ah

22 mai 2025 - 12h37
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Papa Leão XIV
Papa Leão XIV
Foto: Franco Origlia/Getty Images / Rolling Stone Brasil

A pressão contra o governo israelense está aumentando para liberar estoques de ajuda emergencial e alimentos para Gaza, região sitiada que está à beira de uma fome que, segundo alerta da Organização das Nações Unidas (ONU), pode causar casos graves de desnutrição aguda em mais de 14 mil crianças ao longo do próximo ano. O foco renovado nas condições de quase inanição na região — e no bloqueio de ajuda imposto pelos militares israelenses — provocou reações até mesmo do novo Pontífice. As informações são da Rolling Stone. 174y31

Na quarta, 21, Papa Leão XIV — eleito para o cargo no início deste mês — usou sua primeira audiência geral na Basílica de São Pedro para pedir a Israel que libere a entrada de ajuda em Gaza.

"Renovo meu fervoroso apelo para que se permita a entrada de justa ajuda humanitária e que se ponha fim às hostilidades, cujo preço devastador é pago por crianças, idosos e enfermos", disse Leão, classificando as condições em Gaza como "cada vez mais preocupantes e dolorosas". O Papa repetiu a mensagem nas redes sociais.

O apelo de Leão para o envio de ajuda a Gaza dá continuidade ao trabalho de seu predecessor, Papa Francisco, que foi vocal em seu apoio ao povo palestino e continuou a pedir um cessar-fogo em Gaza até o dia anterior à sua morte. A declaração do novo Papa ocorre enquanto outros líderes mundiais também pedem que Israel facilite a entrada de ajuda humanitária em Gaza, onde mais de 60 mil pessoas foram mortas e mais de 100 mil ficaram feridas nos 18 meses desde os ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro contra Israel. Durante aquele ataque — o pior massacre de israelenses na história do país — cerca de 1.200 pessoas foram mortas e aproximadamente 250 feitas reféns.

Há 11 semanas, as Forças de Ocupação Israelenses bloqueiam a entrada de caminhões de ajuda humanitária, equipes e suprimentos na região. Enquanto o exército israelense continua a intensificar sua ofensiva terrestre em Gaza, também ordenou que a população privada de recursos evacue Khan Yunis em direção à costa. Na segunda-feira, Reino Unido, França e Canadá emitiram uma declaração conjunta condenando a escalada do conflito por parte de Israel e a renovação das operações militares terrestres em Gaza.

"Nos opomos fortemente à expansão das operações militares de Israel em Gaza. O nível de sofrimento humano em Gaza é intolerável. O anúncio feito ontem de que Israel permitirá uma quantidade básica de alimentos em Gaza é totalmente inadequado", escreveram as três nações. "Israel sofreu um ataque hediondo em 7 de outubro. Sempre apoiamos o direito de Israel de se defender contra o terrorismo. Mas esta escalada é totalmente desproporcional. Não ficaremos parados enquanto o governo Netanyahu prossegue com essas ações ultrajantes. Se Israel não cessar a renovada ofensiva militar e não suspender as restrições à ajuda humanitária, tomaremos novas ações concretas em resposta."

Em uma declaração separada, o ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, anunciou que o governo "suspendeu as negociações com este governo israelense sobre um novo acordo de livre comércio".

"Estamos agora entrando em uma nova fase sombria deste conflito. O governo [de Benjamin] Netanyahu está planejando expulsar os gazenses de suas casas para um canto do sul da Faixa e permitir-lhes apenas uma fração da ajuda de que precisam", escreveu Lammy.

ONU declarou na quarta-feira que, embora Israel tenha começado a permitir que caminhões de ajuda cruzem para Gaza, os funcionários das Nações Unidas ainda não receberam permissão para ar os suprimentos e realizar sua distribuição.

O governo Trump tem demonstrado apoio às ações do governo israelense em Gaza, com o presidente Donald Trump fantasiando nas redes sociais, no início deste ano, sobre abrir um resort "Trump Gaza" no território palestino devastado — uma vez que os atuais habitantes sejam forçados a se retirar. Na semana ada, durante uma viagem ao Oriente Médio, Trump declarou que não é "como se estivessem tentando salvar alguma coisa" em Gaza e sugeriu que a região deveria ser transformada em uma "Zona de Liberdade" com envolvimento dos EUA.

A situação está se dificultando até mesmo para alguns dos apoiadores mais proeminentes de Trump. Na terça-feira, o comediante e podcaster Theo Von — que promoveu o presidente durante sua campanha de 2024 e o acompanhou em uma viagem ao Catar na semana ada — disse que os EUA estavam "cúmplices" na criação dos horrores que ocorrem em Gaza.

"Parece, para mim, que é um genocídio acontecendo enquanto estamos vivos, aqui, diante de nossos olhos. E sinto que preciso dizer algo sobre isso", afirmou Von no episódio desta semana do podcast This Past Weekend.

"Então só quero poder me manifestar sobre isso, que acho que estamos assistindo, provavelmente, uma das coisas mais doentias que já aconteceram. E me desculpem se não falei [o suficiente] sobre isso, tentei falar e aprender sobre o assunto", disse. "É interessante, porque aí você percebe: 'Ah, bem, sou apenas um cidadão deste país, mas o que queremos, às vezes, não importa', e você acaba sendo apenas um membro de um lugar, enquanto seu governo toma outras decisões."

Papa Leão e Von não poderiam ser mais diferentes, mas a frustração com a falta de progresso rumo a um cessar-fogo sustentado em Gaza, e a ameaça iminente de mais devastação na região, refletem sentimentos tanto nos Estados Unidos quanto no exterior.

+++LEIA MAIS: Filme da Netflix aborda morte fictícia do papa Leão XIV anos antes de sua eleição

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