Como denunciar casos de assédio na universidade 1t5q70
Além do sofrimento e danos psicológicos, mulheres que am por essa situação encontram dificuldade em seguir a carreira acadêmica 4qp4d
Casos de assédio seguem recorrentes nas universidades do país. A USP (Universidade de São Paulo), por exemplo, uma das instituições de ensino superior mais importantes da América Latina, chegou a registrar pelo menos seis denúncias de assédio no primeiro semestre de 2023, segundo dados da Ouvidoria da universidade. 6dm2c
Esse é o caso de uma universidade com serviços específicos de denúncia, onde existe o Escritório USP Mulheres, as Ouvidorias e as comissões de Direitos Humanos. No entanto, a impunidade dos assediadores, a falta de o aos canais de denúncia, medo de retaliação, omissão das instituições ou encobrimento dos casos são alguns dos motivos que impedem muitas vítimas de formalizar uma queixa.
Na maioria dos casos de assédio, as vítimas são mulheres. É cometido, em geral, por uma pessoa em posição hierarquicamente superior à vítima. Além de todo o sofrimento e danos psicológicos, mulheres que am por essa situação encontram dificuldade em seguir a carreira acadêmica.
Assédio sexual e moral no contexto universitário 4s5d4l
O crime de assédio pode ser manifestado de forma sexual ou moral. De acordo com o "Guia Lilás: orientações para prevenção e tratamento ao assédio moral e sexual e à discriminação" do Governo Federal, elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU) em 2023, o assédio sexual é definido como o ato de constranger alguém, com o intuito de obter vantagem sexual.
No ambiente universitário, por exemplo, um sinal de assédio é a exigência de favores sexuais em troca de orientação ou benefícios acadêmicos, além do contato físico não desejado ou conversas incovenientes sobre sexo.
“O assédio sexual pode se manifestar por meio de mensagens escritas, gestos, cantadas, piadas, insinuações, chantagens ou ameaças, ou seja, de maneira sutil ou explícita, não sendo o contato físico requisito para a configuração do assédio sexual, bastando que ocorra a perseguição indesejada”, diz o documento.
Já o assédio moral consiste na violação da dignidade ou integridade psíquica ou física de outra pessoa por meio de conduta abusiva. Manifesta-se por meio de gestos, palavras (orais ou escritas), comportamentos ou atitudes que exponham a vítima, individualmente ou em grupo.
Em uma sala de aula, por exemplo, a vítima pode sofrer humilhação pública ou privada, incluindo críticas excessivas e desproporcionais.
“A pessoa assediada integra, muitas vezes, algum grupo que já sofre discriminação social, tais como mulheres, pessoas com deficiência, pessoas idosas, negras, minorias étnicas, população LGBTQIAP+, dentre outros”, consta no Guia Lilás.
Como denunciar assédio na universidade">Antes de formalizar uma denúncia, é recomendável que a vítima anote tudo o que for possível, relatando detalhes, como dia, local, nome dos envolvidos que possam ter presenciado a situação. Reúna todas as provas, tais como gravações, fotos, e-mails, bilhetes, presentes e testemunhas. Isso tudo será importante na hora de relatar a denúncia. A denúncia deve ser feita na Ouvidoria da universidade, e também um boletim de ocorrência na Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM) ou em qualquer delegacia comum. Outro caminho é ligar no número 180 (Central de Atendimento à Mulher), disponibilizado pelo Governo Federal. O que fazer se estiver sendo assediada"> { "behavior": { "autoplay": true } } O que fazer ao testemunhar assédio sexual no transporte público 2t2nw
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
A UFRJ tem a Ouvidoria da Mulher, que conta como um espaço de acolhimento, escuta ativa e também de orientação. O contato é o e-mail [email protected]. É necessário o agendamento prévio.
O atendimento será feito, presencial ou remotamente, de segunda a sexta, das 9h às 16h. O órgão conta ainda com um número de WhatsApp para orientações: (21) 99782-4462.
Universidade de São Paulo (USP)
A vítima deve formalizar a denúncia na Ouvidoria Geral da USP, na unidade em que estuda ou trabalha, além de comunicar a polícia, fora da universidade.
A universidade reitera que a diretoria de cada unidade de ensino tem autonomia de abrir uma sindicância que, por sua vez, pode se transformar em um processo interno disciplinar ou istrativo contra a pessoa denunciada.