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Justiça torna réu pai que arremessou filho de 5 anos da ponte no RS 9351w

Tiago Ricardo Felber responde por três crime: tentativa de homicídio, homicídio qualificado e ameaça 6ff3n

30 abr 2025 - 14h29
(atualizado às 14h45)
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Resumo
A Justiça do Rio Grande do Sul tornou réu Tiago Ricardo Felber pelos crimes de tentativa de homicídio, homicídio qualificado e ameaça, após ele arremessar o filho de 5 anos de uma ponte em São Gabriel, motivado por vingança contra a ex-companheira.
Pai andou de bicicleta com filho em cesta antes de arremessar criança de ponte
Pai andou de bicicleta com filho em cesta antes de arremessar criança de ponte
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou a denúncia feita contra Tiago Ricardo Felber e o tornou réu pela morte do próprio filho, Theo Ricardo Ferreira Felber, de 5 anos. 626217

O homem confessou ter arremessado o menino de uma ponte no município de São Gabriel.

O Ministério Público aponta que o caso foi motivado por vingança contra a ex-companheira e mãe do garoto, e cometidos “com extrema crueldade, traição e dissimulação”.

O corpo de Theo foi encontrado no último dia 25, data de aniversário de Tiago. Ele havia buscado o filho dois dias antes, em Nova Hartz, onde o garoto morava com a mãe, porque queria ar o aniversário de 40 anos ao lado dele. 

Conforme a denúncia feita pelo MP, naquele dia, ele saiu de casa já com a intenção de matar a criança, “dissimulando um eio de bicicleta”.

Durante um percurso, ele manteve o filho distraído, enquanto procurava por um lugar para cometer o crime. Ao chegar na ponte sobre o Rio Vacacaí, o acusado arremessou Theo, que caiu sobre as pedras. O menino teve lesões graves e traumatismo crânio-encefálico, que foi a causa da morte.

O MP apontou que o homicídio foi cometido por motivo torpe, para causar sofrimento à ex-companheira, pois ele não aceitava seu novo relacionamento. Além disso, Tiago teria usado meio cruel para o crime, já que arremessou o filho, vivo e consciente do alto da ponte, “causando extremo sofrimento psicológico e físico à criança”. Ainda segundo a Promotoria, o ato revelou brutalidade incomum e total ausência de piedade.

A promotora Maria Fernanda Rabelo Ramalho destacou que o crime ocorreu mediante traição e dissimulação, já que o acusado “traiu o sentimento de amor e confiança do filho, simulando um eio, quando na verdade estava conduzindo-o ao local de sua morte”. A denúncia também indica que o pai dificultou a defesa da vítima ao pegá-lo de surpresa e jogá-lo da ponte abaixo. 

Vídeo mostra pai acusado de jogar filho de 5 anos de ponte carregando criança em bicicleta no RS:

O MP também o denunciou por tentativa de homicídio, pois um dia antes, ele teria esganado o menino e o deixado desacordado, causando-lhe hematomas no corpo e manchas oculares. “O homicídio somente não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do denunciado, pois a criança recobrou a consciência após um tempo desfalecida”.

Além disso, Tiago teria ameaçado sua ex-companheira no dia 24 de março – de quem estava separado desde novembro –, ao enviar áudios após descobrir seu novo relacionamento amoroso, caracterizadas como violência doméstica e familiar. Ele teria dito: “Eu vou infernizar a tua vida daqui para frente agora” e “tu mexeu com o ‘homi’ errado”. 

Nesta terça-feira, 29, a juíza da Vara Criminal de São Gabriel, Liz Grachten, aceitou a denúncia e Tiago ou a responder por tentativa de homicídio, homicídio qualificado e ameaça.

Conforme a Justiça, as qualificadoras na tentativa de homicídio são: motivo torpe, emprego de asfixia, traição e dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima e também contra menor de 14 anos.

Já no homicídio, foram imputadas as seguintes qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, traição e dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima, ocultação de outro crime e a condição de a vítima ser menor de 14 anos. O crime ainda teve a majorante de ter sido praticado contra descendente.

A defesa de Tiago tem dez dias para apresentar resposta por escrito à acusação. Caso não o faça, será representado pela Defensoria Pública. 

O Terra não localizou a defesa do réu até o momento. O espaço permanece aberto para manifestações.

Fonte: Redação Terra
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