O que se sabe e o que falta descobrir sobre cadáver de italiano mantido escondido por meses no RJ
Polícia investiga se os filhos esconderam morte do pai para receber benefícios do idoso
Corpo de aposentado italiano de 88 anos foi encontrado em estado avançado de decomposição em um quarto vedado em casa no RJ. A polícia investiga se os filhos esconderam a morte do pai para continuar recebendo os benefícios dele.
O corpo do aposentado italiano Dario Antônio Rafaele D'Otavio, de 88 anos, foi encontrado em estado avançado de decomposição em um quarto vedado da casa onde morava, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.
A Polícia Civil investiga se os filhos esconderam a morte do pai para continuar recebendo os benefícios dele.
O caso veio à tona após vizinhos desconfiarem do sumiço do idoso, que era bastante conhecido na região do bairro Cocotá.
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Após denúncias à polícia, agentes da 37ª Delegacia de Polícia conseguiram um mandado judicial para entrar no imóvel. Eles encontraram os restos mortais do idoso sobre uma cama, em um cômodo no quarto andar da residência, nesta quinta-feira, 22.
O delegado Felipe Santoro informou que a perícia indicou que Dario estava morto havia pelo menos seis meses. "Não conseguimos identificar ainda se foi uma morte natural ou provocada pelos próprios filhos", disse o delegado em entrevista à TV Record.
A polícia disse à reportagem que a filha do idoso, Tânia Conceição Marchese D'Otavio, dormia no mesmo quarto em que estava o cadáver do pai. O irmão, Marcelo, ocupava outro quarto da casa.
Segundo o delegado, os cômodos foram adaptados para tentar conter o cheiro da decomposição e panos e plásticos foram colocados em portas e janelas, para tentar impedir que o odor chamasse a atenção dos vizinhos.
A principal linha de investigação seria a de motivação financeira. "Eles não exerciam atividade remunerada e encontramos equipamentos com aspecto de novos. Acreditamos que se mantinham com os rendimentos que o idoso tinha a receber", revelou o delegado.
A Polícia Civil solicitou informações a bancos e instituições financeiras para rastrear possíveis transações feitas após a morte de Dario.
Após serem presos em flagrante, os dois irmãos foram levados, sob escolta policial, para uma clínica psiquiátrica. Segundo a Polícia Civil, ambos apresentaram sinais de transtornos psicológicos.