Bolsonaro diz que discutiu estado de sítio com militares porque é seu 'círculo de amizade': 'Algum problema?' 1r5z26
Ex-presidente alegou que a discussão abrangeu hipóteses 'dentro das linhas da Constituição' 1w2h6v
Bolsonaro itiu ter discutido estado de defesa e sítio com militares após derrotado nas eleições de 2022, justificando as conversas por serem com seu "círculo de amizade" e questionando acusações de ato antidemocrático.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que conversou com militares sobre a possibilidade de estado de defesa e sítio após sua derrota nas eleições de 2022. Ele alegou que as reuniões foram feitas com agentes do Exército por ser seu “círculo de amizade”. 3q3v6g
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
“Foram discutidas hipóteses de defesa de sítio, por quê? O que sobrou para mim: conversar com as pessoas de confiança, mais próximas. Existe outra possibilidade dentro das quatro linhas da Constituição?”, revelou em entrevista ao UOL nesta quarta-feira, 14.
A discussão teria ocorrido após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar recursos do partido dele para verificar o resultado das urnas do segundo turno, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, só restou falar com os militares para saber o que fazer.
“Aí está a resposta do Comandante Freire Gomes [de estado de sítio]. Foram discutidas hipóteses de dispositivos constitucionais. Existe algum problema nisso? Por que com os comandantes militares? É o meu círculo de amizade, eu fui militar. Porque o TSE nos impediu de novos recursos. Foram duas reuniões rápidas”, declarou.
Conforme o relatório da Polícia Federal sobre a trama golpista, o único comandante que teria topado o golpe de Estado seria o almirante da Marinha, Almir Garnier. Ele também se tornou réu na ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
"O comandante da Marinha era o que menos falava. O que ele falava, de vez em quando, era 'dentro das quatro linhas, estou junto'. Por causa disso, ele estaria favorável a um ato antidemocrático">Bolsonaro.
