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'Profecia de São Malaquias' sobre próximo papa não é aceita pela Igreja Católica ou por estudiosos 4d354q

Texto teria sido forjado no Século XVI, para influenciar conclave; não há certeza sobre autoria do documento 123c63

25 abr 2025 - 13h41
(atualizado às 13h59)
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Resumo
A suposta "profecia de São Malaquias", conhecida desde 1595 e provavelmente forjada no século XVI, não é reconhecida pelo Vaticano ou estudiosos, carece de evidências sobre sua autoria e não contém previsão de fim do mundo em 2027.
Profecia foi provavelmente forjada no século XVI para influenciar eleições papais.
Profecia foi provavelmente forjada no século XVI para influenciar eleições papais.
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O que estão compartilhando: que uma profecia de 900 anos, escrita por São Malaquias, teria sido descoberta recentemente pelo Vaticano. Ela apontaria que o fim do mundo aconteceria em 2027, e que o papa Francisco seria o último pontífice da história. 2dq44

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. O texto não foi descoberto recentemente - ele é conhecido desde 1595, quando foi publicado por um monge beneditino. Não há qualquer evidência de que a "profecia" tenha relação com Malaquias, santo que viveu na Irlanda 500 anos antes da divulgação do texto. Especialistas ouvidos pelo Verifica apontam que o documento foi provavelmente forjado no século XVI para influenciar eleições papais. A "profecia" não tem reconhecimento oficial do Vaticano. No texto divulgado em 1595, não há menção de que o mundo acabaria em 2027.

Para que uma profecia ou revelação seja reconhecida pela Igreja, o processo a por uma série de etapas definidas pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. As normas mais recentes, publicadas em 2024, reforçam o papel do bispo diocesano como responsável pela investigação inicial.

O procedimento inclui a formação de uma comissão composta por teólogos, especialistas em saúde mental e canonistas, que avaliam a autenticidade do fenômeno com base em critérios doutrinários, espirituais e morais. Somente após esse parecer, o caso pode seguir para instâncias superiores no Vaticano.

Entre os critérios analisados estão a coerência com a fé católica, os frutos espirituais gerados e a conduta de quem afirma ter recebido a revelação. Se houver erros teológicos, interesses financeiros ou sinais de desequilíbrio psicológico, o processo é interrompido.

Se aprovado, a profecia investigada pode receber a indicação de "nihil obstat", permitindo sua devoção pública — mas ainda assim, não se torna parte da doutrina oficial. A Igreja entende que, mesmo reconhecidas, essas revelações não obrigam os fiéis à crença, funcionando apenas como reforço à vivência da fé, desde que em sintonia com o magistério.

Estadão
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