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Após mortes de Francisco, Bento XVI e João Paulo II, Igreja Católica chega ao quarto papa no Século XXI u3h1q

Morte do argentino é a terceira de um pontífice em pouco mais de duas décadas 6j1529

21 abr 2025 - 07h15
(atualizado às 11h02)
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Resumo
Papa Francisco faleceu, sendo o terceiro pontífice morto no século 21, após João Paulo II e Bento XVI, destacando-se por seu legado de inclusão, diálogo inter-religioso e defesa dos mais pobres e do meio ambiente.
Papa Francisco
Papa Francisco
Foto: Reprodução/Getty Images

A morte do sacerdote argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, se tornou a terceira perda de um pontífice no Século XXI. Aos fiéis, Francisco deixa como legado a preocupação com os mais pobres, o compromisso com o diálogo ecumênico e a inclusão dentro da Igreja Católica.  6s3a6o

Além de Francisco, a comunidade católica se despediu, nas últimas duas décadas, dos papas Joseph Aloisius Ratzinger, Bento XVI, e Karol Józef Wojtyła, João Paulo II, todos marcados por lideranças significativas e visões próprias para os rumos do catolicismo. 

A campanha de Francisco à frente da Igreja Católica começou com marcas históricas. O papa foi o primeiro jesuíta a se tornar bispo de Roma, o primeiro das Américas e do Hemisfério Sul global, além de ser o primeiro pontífice não europeu em mais de 1,2 mil anos, desde Gregório III.

Eleito em 13 de março de 2013, Bergoglio também se tornou o primeiro papa a se chamar Francisco em referência a São Francisco de Assis que, segundo ele, faz juz à ‘simplicidade e dedicação aos pobres’. 

Em sua jornada à frente do Vaticano, Francisco manteve posicionamentos tradicionais da Igreja Católica, contrários a temas como aborto, eutanasia e o casamento homoafetivo. No entanto, buscou aproximar os fiéis e promoveu o acolhimento religioso. 

Também se destacou pela defesa ao Meio Ambiente e pelo diálogo inter-religioso, com a do Documento sobre a Fraternidade Humana em 2019, junto ao Islamismo. Mais tarde, o documento levou à resolução das Nações Unidas para a criação do Dia Internacional da Fraternidade Humana, celebrado em 4 de fevereiro. 

Papa Bento XVI
Papa Bento XVI
Foto: REUTERS/Max Rossi/File Photo

Pouco antes da eleição de Bergoglio, o alemão Bento XVI, então aos 85 anos, chocou o catolicismo ao anunciar sua renúncia ao papado. Com a idade avançada e a falta de condições físicas como justificativa para a decisão, Ratzinger liderou a Igreja Católica até fevereiro de 2013, quando se tornou Papa Emérito. 

Após a morte de João Paulo II, de quem Ratzinger foi um dos maiores conselheiros, o alemão foi eleito pelo Conclave em abril de 2005. Ele assumiu o nome Bento, o ‘bem-aventurado’ em latim, em homenagem a Bento XV, papa durante a Primeira Guerra Mundial, e a São Bento de Núrsia, fundador da ordem beneditina. 

Considerado um dos maiores teólogos da história do catolicismo, Bento XVI era tido como tradicionalista, mantendo posicionamentos conservadores da Igreja. No entanto, assim como Francisco, também foi reconhecido pela abertura do diálogo com outras religiões, como o Islamismo e o Judaísmo. Ele deixou pelo menos 600 obras publicadas, muitas de circulação restrita ao meio eclesiástico. 

Bento XVI visitou o Brasil em maio de 2007, à ocasião da Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, realizada no Santuário de Aparecida (SP). Na ocasião, canonizou Frei Galvão, que se tornou o primeiro santo nascido no Brasil. 

Ratzinger também enfrentou uma das maiores crises da história recente da Igreja Católica: escândalos de pedofilia envolvendo membros do clero. Historiadores do catolicismo consideram que Bento XVI atuou para investigar as denúncias. 

Apesar da renúncia, Bento XVI manteve o nome papal e parte dos símbolos de sua trajetória à frente da Santa Sé. O encontro com o argentino, pouco após a eleição que o consagrou sumo sacerdote, foi a primeira reunião entre dois papas em mais de 600 anos. 

Ele apareceu publicamente, pela primeira vez, em 2014, para participar do primeiro consistório de Francisco, uma assembleia em que o papa reúne seus cardeais para que o ajudem na tomada de decisões. 

A condição crítica de saúde de Bento XVI foi divulgada pelo Papa Francisco à Igreja Católica ao final de dezembro de 2022. O emérito morreu no dia 31 de dezembro, aos 95 anos, no Vaticano. Ele foi sepultado na cripta da Basílica de São Pedro, no túmulo originalmente ocupado por João Paulo II, antes de sua beatificação, em 2011. 

João Paulo II  5w6s4f

Papa João Paulo II trocou centenas de cartas com uma filósofa norte-americana de origem polonesa
Papa João Paulo II trocou centenas de cartas com uma filósofa norte-americana de origem polonesa
Foto: Getty Images

Bento XVI sucedeu João Paulo II, nome papal do polonês Karol Józef Wojtyła, que governou a Igreja Católica entre outubro de 1978 a abril de 2005, o terceiro maior papado documentado, com 26 anos, cinco meses e 17 dias. Ele também foi o único sumo sacerdote eslavo e polonês, além de o primeiro não-italiano desde o neerlandês Adriano VI, em 1522. 

João Paulo II foi considerado o primeiro papa pós-moderno, e aclamado como um dos líderes religiosos mais influentes do Século 20. O pontífice foi, também, um dos que mais viajou na história do catolicismo, tendo visitado 129 países durante seu papado. Em cada nação que chegava, ajoelhava-se e beijava o chão. 

O polonês também é reconhecido por abrir os caminhos para o diálogo com outras religiões, este seguido por seus sucessores, e pela melhora das relações entre a Igreja Católica e o Judaísmo, o Islamismo, a Igreja Ortodoxa e as religiões orientais. 

A santidade envolveu a trajetória de João Paulo II, responsável por beatificar 1.345 pessoas e canonizar 483 santos. Em visita ao Brasil, em 1980 e em 1991, beatificou o padre jesuíta José de Anchieta e a Madre Paulina, respectivamente. 

Em 13 de maio de 1981, João Paulo II foi vítima de uma tentativa de assassinato enquanto se preparava para discursar em uma audiência, na Praça de São Pedro. Ele foi baleado e gravemente ferido pelo turco Mehmet Ali Ağca, integrante do grupo fascista Lobos Cinzentos. 

O papa foi atingido no abdômen e socorrido ao Palácio Apostólico e, de lá, encaminhado a um hospital, onde perdeu a consciência. Ele foi submetido a uma cirurgia de cinco horas e chegou a receber a unção dos enfermos, sacramento dedicado para aqueles que enfrentam condições graves de saúde. 

O próprio foi tornado Santo após sua morte, em cerimônia presidida pelo Papa Francisco, com a presença do emérito Bento XVI, realizada em abril de 2014. A festa litúrgica de São João Paulo II é celebrada em 22 de outubro. 

Fonte: Redação Terra
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