Durante homilia, cardeal exalta legado de Francisco, manda indireta para líderes mundiais e faz apelo por paz 6y3s21
Decano do Colégio de Cardeais, cardeal Giovanni Battista Re, pregou durante a Missa de Exéquias no funeral do pontífice 2q4l3f
O cardeal Giovanni Battista Re, o decano do Colégio de Cardeais, que presidiu a Missa de Exéquias no funeral do papa Francisco, aproveitou o momento da homilia para celebrar o legado pastoral do pontífice, que morreu na segunda-feira, 21. 5k1v5t
Na mensagem, Re destacou os “inúmeros” gestos e pedidos do papa em favor dos refugiados, desabrigados e dos mais pobres. “É significativo que a primeira viagem do Papa Francisco tenha sido a Lampedusa, ilha símbolo do drama da emigração, com milhares de pessoas afogadas no mar”, acrescentou, recebendo aplausos da multidão.
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Diante de líderes mundiais, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o cardeal recordou a “missa junto a fronteira mexicana com os Estados Unidos”, por ocasião da viagem pontifícia ao México, em 2016.
Giovanni Battista Re ainda aproveitou para mandar um recado: "A guerra deixa sempre o mundo pior do que estava: é sempre uma derrota dolorosa e trágica para todos. 'Construir pontes e não muros' é uma exortação que ele repetiu muitas vezes, e o serviço da fé como Sucessor do Apóstolo Pedro esteve sempre unido ao serviço do homem em todas as suas dimensões."
A pregação também recordou as 47 viagens internacionais realizadas pelo pontífice, incluindo a que fez ao Iraque em 2021, “desafiando todos os riscos”, ao encontro de uma população que “tanto tinha sofrido com a ação desumana do Estado Islâmico”, afirmou Re.
“Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez, a uma negociação honesta para encontrar soluções possíveis, porque a guerra – dizia ele – é apenas morte de pessoas e destruição de casas, hospitais e escolas”, acrescentou.
A homilia destacou a trajetória de Jorge Mario Bergoglio como jesuíta e arcebispo de Buenos Aires, e o momento em que foi eleito como sucessor de Bento XVI, a 13 de março de 2013, assumindo o inédito nome de Francisco.
“A decisão de adotar o nome Francisco manifestou-se logo como a escolha do programa e do estilo em que queria basear o seu pontificado, procurando inspirar-se no espírito de São Francisco de Assis”, realçou o decano do Colégio Cardinalício.
O cardeal exaltou também a maneira espontânea e informal com a qual Francisco falava com as pessoas, e referenciou o costume que ele tinha, de pedir orações. “Querido Papa Francisco, agora pedimos-vos que rezeis por nós e que, do céu, abençoeis a Igreja, abençoeis Roma, abençoeis o mundo inteiro, como fizestes no domingo ado, do balcão central desta Basílica, num último abraço a todo o povo de Deus, mas também, idealmente, à humanidade que procura a verdade de coração sincero e segura bem alto a chama da esperança”, concluiu Re.