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'Fonsequismo' invade Roland-Garros: torcida do brasileiro João Fonseca marca torneio de tênis francês 5c2s2x

Você já ouviu falar do "Fonsequismo"? Os lugares na quadra para ver João Fonseca jogar são disputadíssimos. O brasileiro é uma das estrelas mais brilhantes de Roland-Garros este ano. Número 65 do mundo, ele superou o francês Pierre-Hugues Herbert, 147 do ranking mundial, na quinta-feira (29), garantindo a classificação para a terceira fase de Roland-Garros. O jogo na tarde deste sábado (31) na quadra Simone Mathieu é contra o número 5 do mundo, o britânico Jack Draper, que eliminou uma lenda do tênis francês, Gael Monfils. Torcida, porém, não vai faltar ao carioca, como mostra a RFI nessa reportagem especial sobre a febre João Fonseca em Paris. 1u3xw

30 mai 2025 - 15h38
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Você já ouviu falar do "Fonsequismo"? Os lugares na quadra para ver João Fonseca jogar são disputadíssimos. O brasileiro é uma das estrelas mais brilhantes de Roland-Garros este ano. Número 65 do mundo, ele superou o francês Pierre-Hugues Herbert, 147 do ranking mundial, na quinta-feira (29), garantindo a classificação para a terceira fase de Roland-Garros. O jogo na tarde deste sábado (31) na quadra Simone Mathieu é contra o número 5 do mundo, o britânico Jack Draper, que eliminou uma lenda do tênis francês, Gael Monfils. Torcida, porém, não vai faltar ao carioca, como mostra a RFI nessa reportagem especial sobre a febre João Fonseca em Paris.  1t5xp

João Fonseca e o francês Pierre-Hugues Herbert em quadra pela segunda rodada da chave principal de simples em Roland-Garros, na tarde desta quinta-feira (29), em Paris.
João Fonseca e o francês Pierre-Hugues Herbert em quadra pela segunda rodada da chave principal de simples em Roland-Garros, na tarde desta quinta-feira (29), em Paris.
Foto: © RENE-WORMS Pierre / RFI

Maria Paula Carvalho, de Roland-Garros

A reportagem da RFI tem acompanhado as façanhas de João Fonseca no saibro francês ao lado de torcedores brasileiros. "A expectativa é a maior possível. Acho que o João é muito talentoso, tem tudo para ser o número 1 do mundo, é o sonho dele, né? ", acredita Cléber Aguiar, engenheiro que veio do Rio de Janeiro. Encontramos com ele novamente após a partida em que Fonseca eliminou o dono da casa por 3 a 0. "Claro que deu, só podia dar Brasil, o João joga muito," comemorou.   

A confirmação dos resultados vai aumentando a expectativa em torno do jovem João Fonseca no Grand Slam francês. Essa atenção toda tem um nome: "Fonsequismo", explica Luis Felipe Oliveira, anestesista de Santa Catarina. 

"João Fonseca, nosso querido da torcida brasileira", confirma Éder Barbosa, professor de tênis e mais um dos fãs do tenista que a RFI encontrou em Roland-Garros.

"Ele é muito jovem, você vê que ele nem se cansou tanto, tem bastante automotivação, fala com ele mesmo, acho que ele vai dar muita alegria ainda para os brasileiros nesse Roland-Garros", acredita Taiane Ridão, bancária de Santa Catarina. 

As filas para ver o carioca jogar chamam atenção no complexo esportivo, localizado na zona oeste de Paris. "Nós estamos há duas horas e meia nessa fila, a organização bota o João para jogar numa quadra pequena", lamentava Gustavo Félix, médico de Niterói. 

O jeito, então, é chegar cedo. "A gente chegou 30 minutos antes para ver o João, porque é o sonho dos brasileiros. Estamos aqui só para isso", diz David Ludolf, influenciador do Rio de Janeiro.  

Torcida de anônimos e de famosos. No meio da arquibancada, o ator e apresentador Rodrigo Hilbert também ficou impressionado. "Foi a minha primeira vez assistindo o João. Que menino incrível, como tem garra, como tem força, como tem concentração", avalia. "Mas o que me chamou atenção é que ele medita quando está sentado esperando voltar para o jogo", observou.   

O lugar de Fonseca já é no coração dos brasileiros, diz Sérgio Freih, engenheiro. "Eu acho que ele tem talento, ele tem vontade, ele é um cara humilde e vai chegar lá com essa humildade", aposta. 

Nome que virou verbo 5z251b

Os apelidos carinhosos se multiplicam. "A galera está toda 'Fonsequizada', eu já vou para o outro lado, eu criei um apelido: o 'Fonfon' , do meu coração", diz Raquel Pitta, torcedora de Belo Horizonte. "A gente vai levando essa torcida onde quer que ele esteja, a gente vai torcendo pelo Fonseca para que ele se saia bem", continua. "É muito impressionante a maturidade dele, já tão novo, como ele se relaciona bem com essa fama que ele alcançou em pouco tempo", destaca a torcedora. 

O desempenho e o carisma de João Fonseca faz dele uma estrela também nas redes sociais. O seu perfil no Instagram alcançou 1 milhão de seguidores, enquanto o do jogador francês Arthur Fils, por exemplo, não chega a 200 mil seguidores.  

A RFI perguntou ao próprio João Fonseca sobre a fama repentina. "Quando eu cheguei ao Rio esse ano, só falavam desse 'Fosequismo'. 'Fonsequizado.' Hoje, uma menininha estava com uma camiseta 'Fonsequizada'. Eu achei demais", disse o atleta. "Eu acho que esse carinho com a torcida brasileira é muito legal. Eu tenho 18 anos, há três anos era eu pedindo autógrafo aos jogadores e hoje vejo criancinhas se inspirando em mim, dizendo que eu sou um ídolo. Volta e meia, recebo fotos de que sou tema de festa de aniversário, que legal!", acrescenta.  

Interesse da imprensa internacional  24495

A fama de João Fonseca chegou antes dele a Roland-Garros e a imprensa internacional fala da "febre" João Fonseca. "Estamos muito interessados e mal podemos esperar para ver o que vai acontecer. É a primeira vez que o vemos de verdade. A sua performance contra Rublev na Austrália nos deu o alerta: atenção, talvez exista um super jogador, jovem, que chega", explica Arnaud Valadon, jornalista do canal francês RMC Sport. "Ele tem um jogo muito ofensivo, que agrada. Vimos o seu jogo na primeira rodada. Tinha uma fila enorme para poder entrar e até espectadores que estavam na quadra central, ao lado, olhavam da sacada o jogo do João Fonseca. Ele está realmente atiçando a nossa curiosidade", diz. 

Os ses, como os brasileiros, são acostumados ao saibro. A terra batida, como se fala na França. Palco onde outro brasileiro fez história. "Eu tinha 10 anos quando Guga [Kuerten] jogou aqui e me fez sonhar diante da minha televisão", lembra Valadon. "Quando ele desenhava corações na quadra central, no saibro, e seria bom se tivesse de novo essa mesma história de amor, porque cada vez que Guga volta aqui, é muito aclamado. Ele marcou uma geração de apaixonados de tênis", afirma.

"Tinha o cabelo, o jeito que ele falava francês com um sotaque brasileiro que nós amamos. Talvez seria bom se o João falasse francês, algumas palavras, isso nós adoramos, isso nos seduziria ainda mais, mas, sobretudo, que ele ganhe, pois é isso que o coloca em evidência. Ele pode ser o novo queridinho, nós gostamos muito dos brasileiros na França", conclui.  

iração dos colegas 2u5c66

A RFI tambémperguntou a outros jogadores o que faz João Fonseca despontar. Bia Haddad, 23ª do mundo, diz que "o João é um menino muito bacana. Parece sempre muito educado, generoso e parece ter pessoas muito especiais em volta dele, tanto do time quanto da família". Segundo a tenista, "ele com certeza tem qualidades para brigar, para estar entre os melhores do mundo. Mas o caminho é longo, o caminho é duro, tem que ser um inho de cada vez", aconselha a paulista.

"Na minha carreira, eu aprendi que o tênis é uma maratona, não é um tiro de 100 metros. E eu vou estar sempre na torcida por ele, com certeza, e desejo que ele conquiste tudo o que pode conquistar", disse. 

O jogador fascina até a própria família. "A gente coloca muita fé nele porque ele sempre surpreende a gente", diz a tia, Paula Fonseca. 

Alguns torcedores, no entanto, são mais cautelosos. "Eu acho que as pessoas têm que aguardar. Ele é uma celebridade, é um diferencial, mas a pressão negativa pode ser muito ruim, vamos aguardar", diz, com prudência, Ana Valéria Silva, servidora pública do Rio de Janeiro.  

"Às vezes é exagerado. Comparam com o Guga, cada um é cada um. O Guga é tricampeão aqui e tem que respeitar a história dele", argumenta Márcio Ridão, professor de Santa Catarina. "O João vai fazer a história dele também, mas não precisamos de ídolos, a gente torce porque ele é um bom brasileiro, e é isso", resume.  

Sonho realizado 2q5617

Para João Fonseca, um dos grandes desafios é tentar ignorar as expectativas. E para isso, conta com uma equipe afinada. "É importante para mim agora, um garoto jovem e em evolução, estar entre pessoas boas que me ajudam a fortalecer e tem o mesmo objetivo que eu. E eles estarem me protegendo de expectativas, de pessoas falando muito, acho que isso é muito bom", afirma o tenista. "Quanto mais eu estiver focado no meu tênis, no que eu tenho que fazer e não estiver focado na mídia, nas comparações, acho que meu tênis vai melhorar e eu vou ter uma carreira mais bem sucedida", continua o jogador, que não gosta de comparações, mas diz que realiza um sonho.  

"Sim com certeza é um sonho realizado estar na segunda rodada de Roland-Garros, jogar um torneio que os brasileiros veem em peso pela história do Guga e, obviamente, tenho um sonho maior de ganhar aqui", promete.  

Exemplo se dá em quadra e fora dela, lembra o presidente da Confederação Brasileira de tênis (CBT), Alexandre Reis de Farias. "Eu acho que o João tem inspirado muitas pessoas, muitas pessoas começaram a jogar tênis depois do João. Eu acho que o tênis brasileiro cresce muito com isso", disse em entrevista à RFI. "Eu acho que o Brasil precisa de um ídolo e o João está se tornando esse ídolo que a gente almeja".  

João Fonseca tem novo encontro marcado com a torcida neste sábado, em Paris. 

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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