"Tênis é 60% mental", diz João Fonseca após vencer francês e avançar em Roland-Garros 6f1j6n
A vitória contra o francês Pierre-Hugues Herbert pela segunda rodada da chave principal de simples em Roland-Garros, na tarde desta quinta-feira (29), teve um sabor especial para João Fonseca, que celebrava na data o aniversário de sua mãe. A presença da avó dele também emocionou o atleta, que já pensa em ir mais longe no tradicional torneio de saibro francês. 1v3c2r
A vitória contra o francês Pierre-Hugues Herbert pela segunda rodada da chave principal de simples em Roland-Garros, na tarde desta quinta-feira (29), teve um sabor especial para João Fonseca, que celebrava na data o aniversário de sua mãe. A presença da avó dele também emocionou o atleta, que já pensa em ir mais longe no tradicional torneio de saibro francês. 1v3c2r
Maria Paula Carvalho, de Roland-Garros
Em entrevista coletiva após o jogo, João Fonseca disse que sentia bem, após quase 3 horas de partida. "Foi tenso, dois tie breaks, os dois primeiros sets foram longos, mas mostrou que estou preparado para isso. Felizmente, minha preparação física está boa para a terceira rodada", disse.
Perguntado sobre como consegue manter a calma diante dos momentos de tensão, ele disse que se inspira em outros grandes nomes. "Meu preparador físico fala muito sobre a presença corporal, eu tento seguir o [Rafael] Nadal, por exemplo. Ser positivo, mesmo nos momentos difíceis. Eu tento ficar focado no jogo e pensar em coisas boas", explica.
"O tênis é 60% um esporte mental, 30% físico e o resto técnico. Ainda mais em um jogo longo, em que tudo pode mudar rapidamente. É muito físico e mental", insiste.
O poder da torcida 133e14
O jogo na quadra 14 atraiu uma multidão de fãs de João Fonseca, entre eles alguns famosos. "Foi a minha primeira vez assistindo o João. Que menino incrível, como ele tem garra, força, concentração", disse o ator e apresentador Rodrigo Hilbert, presente na arquibancada. "Mas o que me chamou atenção é que ele medita quando está sentado esperando para voltar para o jogo", continuou. "Espero poder encontrar com ele de novo aqui nessas quadras de Roland-Garros", completou Hilbert, prometendo ficar até a final do torneio.
A torcida sa não se intimidou quando João Fonseca abriu 2 sets a 0 e continuava apoiando Pierre-Hugues Herbert. Mas os brasileiros estavam confiantes: "Só podia dar Brasil, o João joga muito", comemorava Cléber Aguiar, engenheiro de Sete Lagoas, Minas Gerais, que vestia uma camisa da Seleção brasileira.
"Eu me sinto arrepiado, às vezes, quando gritam o meu nome. É uma energia que não sei explicar, é incrível representar o seu país", disse o jogador aos jornalistas após a partida.
Os repórteres estrangeiros perguntaram se o barulho das torcidas havia atrapalhado a sua concentração.
"Os ses são barulhentos, mas eu venho do Brasil e nós somos barulhentos também", disse. "Eu respeito a torcida, acho que foi legal, foi muito bom ver os dois lados apoiando os seus atletas", completou.
A satisfação era visível entre os torcedores que viajaram a Paris para acompanhar o Grand Slam francês. "Estou saindo muito feliz, o João arrasou, é o nosso novo Guga", compara Taiane Ridão, bancária de Santa Catarina. "O João é muito jovem, você vê que ele nem se cansou tanto, tem bastante automotivação, eu acho que ele vai dar muita alegria para os brasileiros ainda nesse Roland-Garros", espera.
"Agora é manter a calma, vão vir adversários mais difíceis pela frente, mas estamos com bastante confiança", pondera o marido dela, Márcio Ridão, professor de Santa Catarina, em entrevista à RFI após o jogo.