Modelo italiana com câncer compra briga com farmacêuticas dos EUA 5q2z1o
Bianca Balti está com dificuldades para encontrar medicamentos v552z
A renomada modelo italiana Bianca Balti, diagnosticada com câncer de ovário, atacou as empresas farmacêuticas dos Estados Unidos pela dificuldade em encontrar laboratórios que produzam medicamentos para o tratamento da doença. 75
Em uma publicação no Instagram, ela destacou que depende dos remédios, que salvam vidas, pois tem "uma carreira, uma vida e responsabilidades".
"Eu desabafo nas redes sociais sobre a dificuldade de encontrar medicamentos. Sou paciente oncológica. Os medicamentos que estou esperando não são opcionais, eles salvam minha vida".
Balti mora em Los Angeles, na Califórnia, com suas filhas Matilde e Mia, há vários anos, após deixar a cidade de Lodi, onde nasceu na Itália em 19 de março de 1984.
Na publicação em que denunciou a dificuldade de encontrar medicamentos que salvam vidas, a modelo marcou a Healthy California e a CVS Pharmacy, empresas farmacêuticas e de saúde que ela incentiva a responder mais rapidamente às solicitações dos pacientes.
"Eu não costumo fazer isso, mas perdi a paciência e o tempo", diz a modelo, que também marcou as fabricantes. "Preciso que eles mudem. ei horas no telefone e ninguém está assumindo a responsabilidade", explicou ela.
Segundo a modelo italiana, "ninguém está resolvendo o problema" e todos estão "me decepcionando quando mais preciso". "Isso é inaceitável. Preciso viajar a trabalho, mas não consigo fazer isso com segurança sem os remédios que estão me negando", afirmou.
A modelo anunciou o diagnóstico de câncer de ovário em setembro ado, mas, recentemente, após ar por uma cirurgia e concluir a quimioterapia, divulgou que estava em remissão. Ela, inclusive, comemorou há alguns dias que seu cabelo havia crescido novamente.
Balti ficou mundialmente conhecida após desfilar para marcas como Victoria's Secret, Dolce & Gabbana e Sports Illustrated.
A luta da modelo por remédios é como a de muitos pacientes que precisam de terapias para as quais não há alternativas válidas. A rapidez ou a falta de garantia de um medicamento pode significar a diferença entre a vida e a morte para quem sofre de câncer. O problema, porém, não está só nos Estados Unidos, mas também na Itália e em outros países.
Paralelamente ao desabafo, a presidente do Intergrupo Parlamentar sobre Novas Fronteiras Terapêuticas no Câncer de Mama na Itália, Simona Loizzo, deputada da Liga e líder do grupo na Comissão de Assuntos Sociais da Câmara dos Deputados, enfatizou que "nenhum paciente pode ser sacrificado" e, por isso, foi apresentado "um projeto de lei 'fast-track' para estudar um novo instrumento que possa promover o o precoce aos medicamentos".
"Lemos o desabafo que a modelo Bianca Balti postou em suas redes sociais, denunciando a falta de medicamentos essenciais. Palavras que compartilhamos e consideramos de absoluto senso comum", acrescentou Loizzo, referindo-se à situação na Itália.
A deputada italiana enfatizou ainda que sempre se interessa por "esse problema, que, infelizmente, persiste, apesar dos questionamentos que temos feito ao Ministério da Saúde, por exemplo, o mais recente sobre a combinação tripla de medicamentos que não foi garantida pelo Serviço Nacional de Saúde".
Entretanto, "graças às lutas e intervenções realizadas nos últimos anos, muitas coisas mudaram, e podemos dizer que houve progresso", acrescentou.
Por fim, Loizzo destacou que está "pensando no fato de que o medicamento Enhertu finalmente se tornou prescritível para o tratamento do câncer de mama, assim como o Trodelvy agora é reembolsável, superando assim as limitações que impediam alguns pacientes de ar esse tratamento específico".