ONG acusa Israel de usar bloqueio em Gaza como 'ferramenta de extermínio'; novos ataques matam mais de 100 d1d1c
Nesta quinta-feira (15) foram anunciadas de mais de 100 mortos em novos bombardeios israelenses, no mesmo dia em que foi revelado caso de uma mulher israelense grávida morta dentro de seu carro a caminho da maternidade para dar à luz na noite de quarta-feira, na Cisjordânia ocupada. A ONG Human Rights Watch acusou Israel de transformar o bloqueio de ajuda à Faixa de Gaza em "uma ferramenta de extermínio", já que as autoridades israelenses impedem a entrada de toda a ajuda humanitária no território palestino desde 2 de março. 6y5bo
Nesta quinta-feira (15) foram anunciadas de mais de 100 mortos em novos bombardeios israelenses, no mesmo dia em que foi revelado caso de uma mulher israelense grávida morta dentro de seu carro a caminho da maternidade para dar à luz na noite de quarta-feira, na Cisjordânia ocupada. A ONG Human Rights Watch acusou Israel de transformar o bloqueio de ajuda à Faixa de Gaza em "uma ferramenta de extermínio", já que as autoridades israelenses impedem a entrada de toda a ajuda humanitária no território palestino desde 2 de março. 6y5bo
"O bloqueio imposto por Israel foi além das táticas militares e se tornou uma ferramenta de extermínio", disse Federico Borello, diretor-executivo interino da Human Rights Watch, em um comunicado à imprensa. Ele também criticou "os planos de espremer os dois milhões de habitantes de Gaza em uma área ainda menor, enquanto torna o restante do território inabitável".
Novos bombardeios israelenses mataram 103 pessoas desde o amanhecer desta quinta, de acordo com a Defesa Civil.
A Força Aérea israelense atacou especialmente o norte e o sul do território, devastado por mais de 19 meses de ofensiva lançada em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islâmico palestino contra Israel em 7 de outubro de 2023.
Conversas em Doha 1z4lf
Nesse contexto, o presidente norte-americano, Donald Trump, em uma turnê pelo Oriente Médio, disse que queria que os Estados Unidos "assumissem" a Faixa de Gaza para "transformá-la em uma zona de liberdade", em uma aparente reformulação de seu plano anterior, criticado internacionalmente, de transformá-la em uma "Riviera".
Enquanto Trump segue seu giro nesta semana, delegações israelenses e do Hamas visitaram o Catar, um dos países mediadores, junto com Estados Unidos e Egito. Em Doha, na quarta-feira, o presidente americano discutiu o conflito com o emir do Catar, de acordo com seu enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, que informou que houve progresso. Mas, na quinta-feira, o Hamas acusou Israel de "minar" os esforços de mediação "por meio de uma escalada militar deliberada".
Apesar da pressão para que Israel encerre sua ofensiva em Gaza e das críticas internacionais sobre a condução da guerra, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu alertou na segunda-feira que o exército entraria em breve no território palestino "com força" para "concluir a operação e derrotar o Hamas". Israel, que anunciou um plano para "conquistar" o território, está procurando por países preparados para aceitar os habitantes de Gaza, acrescentou o chefe do governo.
Rompendo uma trégua de dois meses, Israel retomou sua ofensiva em 18 de março com o objetivo declarado de obter a libertação de todos os reféns ainda mantidos em Gaza desde 7 de outubro. Desde 2 de março, as forças israelenses também estão bloqueando toda a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que é vital para seus 2,4 milhões de habitantes, que agora estão ameaçados de "fome em massa", de acordo com várias ONGs.
Grávida morta a caminho da maternidade r4i6e
A Human Rights Watch acusou Israel de usar o bloqueio como uma "ferramenta de extermínio". Na quarta-feira, a Gaza Humanitarian Foundation (GHF), uma ONG criada e apoiada por Washington, anunciou que pretendia operar no local até o final de maio, com a distribuição de quase 300 milhões de refeições por um período inicial de 90 dias. Desde o início da guerra em Gaza, a violência também explodiu na Cisjordânia, um território ocupado por Israel desde 1967.
De acordo com vários líderes israelenses, a mulher israelense morta na noite de quarta-feira em seu carro no centro desse território estava grávida a caminho da maternidade para dar à luz. Israel, através do chefe do Estado-Maior do Exército, o general Eyal Zamir, prometeu usar "todos os meios" para encontrar os autores do tiroteio perto do assentamento israelense de Bruchin, na Cisjordânia ocupada, que tirou a vida da mulher. Na quinta-feira, os grupos de WhatsApp dos colonos israelenses na Cisjordânia estavam cheios de pedidos de vingança após o ataque.
No norte da Cisjordânia, cinco palestinos foram mortos na quinta-feira durante uma operação israelense em Tamoun, de acordo com o prefeito e o exército, que alegou que eles eram "terroristas".
As represálias israelenses deixaram pelo menos 53.010 pessoas mortas em Gaza, a maioria civis, de acordo com os últimos números do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU considera confiáveis.
(Com informações da AFP)