Rio de Janeiro é nomeado Capital Mundial do Livro pela Unesco r6h33
Cidade é a primeira de língua portuguesa a receber o título; ano terá ações culturais em celebração à leitura k4f5
Em uma manhã marcada por homenagens à literatura brasileira e discursos sobre o papel da leitura na transformação social, o Rio de Janeiro foi oficialmente nomeado Capital Mundial do Livro pela Unesco nesta quarta-feira, 23. A cerimônia de abertura, realizada no Teatro Carlos Gomes, no Centro da cidade, contou com apresentações artísticas, autoridades, representantes da Unesco e figuras da cultura nacional. 175g41
O prefeito Eduardo Paes recebeu o título das mãos de Jeanne Barseghian, prefeita de Estrasburgo, cidade sa que deteve a nomeação até então. “O Rio é a primeira cidade de língua portuguesa a assumir esse papel”, destacou Paes, mencionando o legado literário da cidade, com instituições como o Real Gabinete Português de Leitura, a Biblioteca Nacional e a Academia Brasileira de Letras.
Durante o evento, atores como Thiago Lacerda, Gregório Duvivier e Elisa Lucinda deram voz a textos de autores consagrados que têm o Rio como cenário ou inspiração, entre eles Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Ruy Castro, Vinícius de Moraes e Cecília Meireles.
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A partir de agora, a cidade terá um calendário extenso de atividades voltadas à valorização da leitura e do livro, com ações que vão desde saraus em bibliotecas municipais até intervenções literárias em terminais de transporte público. Entre os destaques estão a Bienal do Livro, marcada para junho, e uma edição especial do Prêmio Jabuti, que será realizada no Rio pela primeira vez.
A Secretaria de Cultura prevê beneficiar cerca de 50 mil pessoas com projetos de incentivo à leitura, como o Book Parade Rio 2025 e o Rio de Livros. Já nesta terça, Dia Mundial do Livro, haverá celebrações na Casa Firjan, em Botafogo, com atividades gratuitas para o público de todas as idades.
O reconhecimento internacional ocorre em um momento de alerta sobre os hábitos de leitura no Brasil. De acordo com a última edição da pesquisa Retratos da Leitura, houve uma queda de 6,7 milhões de leitores no país. Pela primeira vez, a proporção de não leitores ultraou a de leitores.
