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França: estudantes prestam homenagem a vítimas do ataque com faca por um adolescente em Nantes 6y4cf

Alunos da escola católica de Nantes, no oeste da França, onde um adolescente de 16 anos matou uma colega a facadas e deixou outros três estudantes feridos, homenagearam, nesta sexta-feira (25), as vítimas da tragédia. A investigação policial tenta determinar os motivos do suposto agressor, hospitalizado após um exame psiquiátrico. O caso levantou o debate sobre a instalação de detectores de metais ou revistas nas portas das escolas sas, assunto que divide políticos e a comunidade acadêmica. 2h2t2a

25 abr 2025 - 11h29
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Alunos da escola católica de Nantes, no oeste da França, onde um adolescente de 16 anos matou uma colega a facadas e deixou outros três estudantes feridos, homenagearam, nesta sexta-feira (25), as vítimas da tragédia. A investigação policial tenta determinar os motivos do suposto agressor, hospitalizado após um exame psiquiátrico. O caso levantou o debate sobre a instalação de detectores de metais ou revistas nas portas das escolas sas, assunto que divide políticos e a comunidade acadêmica.  1b334r

Alunos prestam homenagens aos colegas vítimas de um ataque com faca na escola que frequentam em Nantes, no oeste da França. Em 25 de abril de 2025.
Alunos prestam homenagens aos colegas vítimas de um ataque com faca na escola que frequentam em Nantes, no oeste da França. Em 25 de abril de 2025.
Foto: AFP - LOIC VENANCE / RFI

Alunos do ensino médio de Nantes depositaram flores em frente à escola. Desde a manhã desta sexta-feira, grupos de jovens e de adultos, visivelmente emocionados, se revezaram depositando rosas brancas ou buquês no local da tragédia. Alguns se ajoelharam por um momento em silêncio ou se abraçaram, observou um jornalista da AFP. 

As aulas estão suspensas para alunos do ensino fundamental e médio. Uma unidade de apoio psicológico foi colocada à disposição das famílias. Apenas a educação infantil permanece aberta no grupo escolar que tem 2.000 alunos no total. 

"Não é ruim que a filha mais nova volte para a escola hoje, porque ela poderá fazer perguntas aos professores se precisar", disse Antoine, um gerente de tecnologia de 44 anos, que acompanhou a filha ao colégio. 

Antonin, um aluno do último ano do ensino médio, disse estar "triste e chocado", mas que não planejava consultar um psicólogo. Ele depositou uma rosa branca em homenagem às vítimas "para mostrar respeito".  

O ataque causou forte emoção na França. O presidente Emmanuel Macron elogiou a "coragem" dos professores que "sem dúvida evitaram novas tragédias".

Além da estudante morta, outros três alunos da escola particular Notre-Dame-de-Toutes-Aides foram esfaqueados, um em estado grave. Nesta sexta-feira, o promotor público de Nantes, Antoine Leroy, anunciou que a saúde da vítima havia melhorado. 

A imprensa sa revela apenas o primeiro nome do agressor, Justin, que é menor de idade e não pode ter a identidade divulgada. Até o momento, não foram divulgadas pistas sobre a motivação do ataque. Os investigadores se concentram no perfil do jovem, descrito pelos colegas como uma pessoa calma, mas que evocava com frequência a sua iração pelo regime nazista e ideias de ultradireita. Antes de atacar os colegas, ele enviou uma carta por e-mail aos colegas, em que evoca a urgência climática, a ditadura da tecnologia e o poder dos ricos. 

Ao que tudo indica, ele escolheu os colegas que queria atacar. Começou atacando uma garota de 15 anos com quem não se entendia bem, depois esfaqueou dois adolescentes e outra menina pelas costas, antes de ser imobilizado por um funcionário da escola e então detido pela polícia.

"Violência endêmica" 325z42

Algumas horas após o drama, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, evocou uma "violência endêmica" em parte da juventude sa, pedindo reforço nos controles nos arredores de estabelecimentos escolares. "Não podemos ficar parados sem fazer nada", acrescentou. 

No fim de março, a ministra sa da Educação, Élisabeth Borne, já havia apontado para um aumento de 15% no uso de armas brancas nas escolas da França, em um período de um ano. 

De acordo com o Ministério da Educação Nacional, desde março ado, 958 verificações aleatórias de bolsas em escolas resultaram na apreensão de 94 armas brancas. 

Essas verificações foram implementadas após uma briga que resultou na morte de um jovem de 17 anos em frente a uma escola secundária em Essonne, região parisiense, em março ado. O Ministério da Educação Nacional afirmou que ainda que não tem números e nem resultados obtidos em estabelecimentos que se equiparam com cancelas e pórticos especiais.

A ideia de instalar portões de segurança nas escolas, levantada por François Bayrou, gerou oposição na esquerda sa. Nesta sexta-feira, a eurodeputada do partido A França Insubmissa (LFI), Manon Aubry, denunciou a medida. "O custo é de € 100.000 por escola. Existem 12.000 escolas em nosso país, então é fácil fazer as contas. Sem mencionar que, em termos de eficiência, vamos pedir às crianças que cheguem à escola uma hora mais cedo para poderem entrar na fila, o que causará aglomerações, que podem ser alvo de um indivíduo desequilibrado", argumentou Aubry ao site info. "Não vamos conseguir revistar todos os estudantes do país", completou a eurodeputada, pedindo que as "causas" da violência nas escolas fossem abordadas. "Em média, temos um psicólogo para cada 1.500 alunos", destacou. 

Mais à direita do espectro político, a opção pelos portões reforçados é vista como uma solução e foi defendida pelo líder dos deputados do partido Os Republicanos (LR), Laurent Wauquiez. Ele lembra que os dispositivos foram implantados na região da Auvergne-Rhône-Alpes "já em 2015", "em particular para combater a entrada de armas". 

"Propusemos experimentos — portões de segurança, reconhecimento facial — em escolas de ensino médio. Eles foram rejeitados. É hora de rever essas decisões e tomar medidas firmes para proteger as nossas crianças", apelou, por sua vez, o prefeito de Nice, Christian Estrosi, também da direita, na rede X.

"Precisamos instalar pórticos agora", reforçou o deputado do partido Reunião Nacional (RN), Sébastien Chenu, na RTL, refutando o argumento de que eles são inúteis, apontando que a medida é usada "em certos países". "Eu confio na tecnologia", disse. 

Entrevistada na BFMTV/RMC, a secretária nacional do sindicato de polícia Unité, Linda Kebbab, questionou a relevância desses pórticos. "Por enquanto, podemos dizer que o portão pode proporcionar uma espécie de segurança às famílias. Mas o portão não será capaz de detectar tudo", insistiu ela, pedindo que as escolas não se transformem em "salas de embarque", como acontece nos aeroportos.

Jornais repercutem o caso 3u464e

O assunto está na capa do jornal le Parisien, estampada com uma foto da barreira policial em torno da escola Notre-Dame-de-Toutes-Aides, palco do ataque. O diário traz mais informações sobre o perfil do agressor, Justin P., "um jovem com uma personalidade preocupante".

O diário destaca que o ataque foi premeditado, uma vez que antes de perpetrá-lo, o adolescente enviou aos colegas um arquivo de 13 páginas em que desenvolve teorias sobre a irresponsabilidade humana. "A revolta é a maior vitória que podemos alcançar", diz um dos trechos da mensagem. 

O jornal Libération destaca que o agressor não tinha agem pela polícia e não era suspeito dos serviços de Inteligência da França. Entrevistados pela reportagem do diário, colegas do agressor o descrevem como alguém "que fala sobre assuntos estranhos" e "evoca ideias nazistas". Mas os primeiros elementos da investigação divulgados pela polícia sa afirmam que o adolescente tem "um perfil depressivo, com tendências suicidas".

O jornal Le Figaro destacou que, algumas horas após o drama, o primeiro-ministro francês, François Bayrou, pediu uma intensificação dos controles nos arredores de estabelecimentos escolares. 

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio sa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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