Governo oferece bolsa de estudos para pesquisadoras negras, ciganas, quilombolas e indígenas 581b4o
O Programa "Atlânticas - Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência" contempla estudantes regularmente matriculadas em cursos de doutorado ou que tenham concluído programas de pós-graduação O post Governo oferece bolsa de estudos para pesquisadoras negras, ciganas, quilombolas e indígenas apareceu primeiro em AlmaPreta. 5w1s5a
O governo federal lançou o "Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência", com inscrições abertas até 31 de janeiro. Destinado a pesquisadoras negras, ciganas, quilombolas e indígenas, a iniciativa oferece bolsas de doutorado-sanduíche e pós-doutorado no exterior em diversas áreas de conhecimento, com duração máxima de nove meses. 4t1i10
As interessadas devem estar regularmente matriculadas em cursos de doutorado ou ter concluído programas de pós-graduação reconhecidos pela Capes. Além disso, é necessário apresentar um projeto de pesquisa e o aceite formal da instituição estrangeira. As candidatas ao doutorado-sanduíche devem demonstrar conhecimento da língua utilizada na instituição estrangeira e a anuência de seus orientadores e da coordenação de seu programa de pós-graduação.
A chamada pública completa está disponível no site do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O programa é uma parceria dos ministérios da Igualdade Racial, das Mulheres, dos Povos Indígenas e da Ciência, Tecnologia e Inovação, com apoio do CNPq, e conta com investimentos de R$ 6 milhões destinados ao pagamento das bolsas.
Confira mais informações do edital neste link.
Beatriz Nascimento 1f322u
Inscrita no Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, Maria Beatriz Nascimento foi uma das principais intelectuais do país, principalmente para o feminismo negro no Brasil. Nascida em Sergipe, Beatriz Nascimento se formou em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e iniciou um mestrado em Comunicação, que não pôde concluir.
A teórica desenvolveu em vida uma pesquisa sobre sistemas alternativos organizados por pessoas negras, com foco na investigação de quilombos e favelas. Parte do seu repertório foi construído em uma viagem ao continente africano, em 1979, onde conseguiu estabelecer vinculações entre as culturas negras brasileiras e africanas.
Entre os trabalhos desenvolvidos por Beatriz, estão em destaque "Por uma história do homem negro (1974)"; "Kilombo e memória comunitária: um estudo de caso (1982)" e "O conceito de quilombo e a resistência cultural negra (1985)".
Beatriz Nascimento é uma inspiração para pesquisadoras negras e ajudou a abrir portas para que uma geração de mulheres negras pudessem ingressar na universidade e exercer um papel no ambiente acadêmico. O programa de bolsas, resultado da parceria entre o Ministério da Igualdade Racial com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e o Ministério das Mulheres (MMulheres) leva o seu nome.
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